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O termo metaverso já é utilizado há algum tempo e atualmente, é foco de investimentos por diversas empresas.
Contudo, essa proposta de mundo virtual revela um grande potencial, sendo classificado como o futuro da Internet.
Nesse sentido, entenda o que é o metaverso e quais são as expectativas para essa alternativa virtual do universo no qual estamos habituados a viver.
O que significa metaverso?
Metaverso é a união de tecnologias para produzir versões de universos virtuais, proporcionando experiências imersivas, coletivas e compartilhadas no digital.
Nessa via, a palavra é um neologismo proveniente das palavras meta e universo, sendo que meta é um prefixo grego que significa “além de” ou “depois de”. Logo, entre as possíveis explicações do termo, metaverso pode ser entendido como “algo além do universo”.
Assim sendo, o nome é utilizado para denominar um ambiente virtual hiper-realista, onde as pessoas poderão conviver e experienciar coisas por meio de avatares customizados em 3D.
Qual a origem do metaverso?
A primeira referência ligada ao termo é de 1992, feita no livro de ficção científica Snow Crash, do escritor norte-americano Neal Stephenson.
Visto que, na história, o autor descreve o metaverso como um mundo virtual em 3D povoado por avatares de pessoas como nós, interagindo com diversos tipos de experiências.
Diante desse cenário, em 2003 surgiu o Second Life, um espaço virtual criado pelo estúdio americano Linden Lab para simular um ambiente de vida real. Na época, algumas marcas chegaram a investir em lojas virtuais dentro deste “novo mundo”.
Posteriormente, surgiram outros jogos, como Roblox, Fortnite e Minecraft, com diversas características que viabilizaram a rentabilidade e experiência únicas.
Ainda que o conceito seja relativamente antigo, ele ganhou notoriedade com o posicionamento e a mudança de nome do Facebook, que desde outubro de 2021, passou a se chamar Meta.
Dito isso, a rede social investiu 50 milhões de dólares nesse novo segmento e planeja desenvolver aplicações de multiverso entre 2031 e 2036.
Qual o objetivo do metaverso?
O objetivo do metaverso é possibilitar o acesso ao mundo da realidade virtual pelo smartphone, computador ou console de videogame.
Portanto, uma vez nesse universo, é possível ser quem quiser e fazer o que desejar, como voar, pilotar carros supersônicos, dançar em uma festa com amigos que estão em outras partes do mundo, jogar uma partida de futebol com seu ídolo, trabalhar, entre diversas outras ações.
Para isso, a ideia é que o metaverso também tenha a sua própria economia e moedas, com as quais os usuários poderão comprar, vender e negociar imóveis digitais, itens diversos, acessórios para o avatar e muito mais.
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Como funciona o metaverso?
Segundo o investidor Matthew Ball, autor do Metaverse Primer, o metaverso funciona como “uma rede permanente de mundos em 3D renderizados em tempo real e simulações que suportam a continuidade de identidade, objetos, história, pagamentos e direitos, que podem ser experimentados de forma sincronizada por um número efetivamente ilimitado de usuários, cada um com um senso de presença individual.”
Logo, enquanto os usuário estiverem “vivendo”no metaverso, será possível, por meio de um avatar, realizar ações do mundo real, como encontrar amigos, ir a eventos, estudar, fazer compras, entre outras atividades.
Assim, mesmo que sejam necessários alguns equipamentos para acessar o metaverso, o termo não se refere a um tipo específico de tecnologia, mas a uma mudança na forma como interagimos com o mundo digital.
Quais as funcionalidades do metaverso?
Ainda não é possível definir com exatidão todas as funcionalidade do metaverso, já que ele ainda não existe na forma como o fundador do Facebook (agora Meta) o descreveu.
No entanto, as possibilidades são inúmeras. Muitas estão sendo idealizadas e, algumas delas, já exploradas por empresas e pessoas.
Entre elas, algumas áreas de grande impacto do metaverso são:
- trabalho – fazer reuniões de trabalho dentro do metaverso é uma das principais apostas de empresas de tecnologia como o Facebook e a Microsoft. Isso porque, a ideia é simular reuniões presenciais, manter contato visual com avatares e interagir de maneira mais intensa com os colegas;
- educação – proporcionar meios imersivos de aprendizagem, possibilitando aulas dentro do mundo virtual, com uma experiência mais engajadora para os alunos;
- entretenimento – a proposta é que o metaverso vá muito além dos jogos, oferecendo experiências completas de diversão, como shows, filmes, passeios e esportes;
- economia – muitos negócios poderiam ser concretizados dentro do metaverso, criando uma economia completa dentro do mundo virtual, com transações financeiras, venda de terras e imóveis, oferta de serviços, transportes, arte digital e o que mais estiver relacionado com o universo econômico;
- investimentos – as opções de investimentos dentro do mundo virtual chamam atenção e já existem algumas formas de fazer aplicações financeiras dentro do metaverso, a maioria delas por meio das criptomoedas e dos NFTs
Quais são as principais tecnologias que compõem o metaverso?
Como dito anteriormente, o metaverso é uma convergência de tecnologias. Em vista disso, conheça quais são as principais tecnologias que o compõem.
Realidade virtual (VR)
A realidade virtual (VR) é um ambiente em 3D, criado por computadores, que simula o mundo real e permite a total interação dos participantes. Atualmente, essa tecnologia é acessada por meio de óculos especiais equipados com fones de ouvido e sensores.
Realidade aumentada (VA)
A realidade aumentada une aspectos dos mundos virtual e físico, inserindo elementos virtuais no mundo real.
Blockchain, criptomoedas e NFTs
O blockchain é a tecnologia que permitiu a criação do bitcoin, a criptomoeda mais famosa, e permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet.
Já os NFTs, sigla para non-fungible token ou token não-fungível, são códigos de computador que servem como autenticação de um arquivo.
Assim, o uso dessas tecnologias possibilita as transações financeiras dentro do metaverso para negociar propriedades virtuais, criptomoedas, roupas, obras de artes digitais, jogos, entre outros itens.
Por fim, uma grande oportunidade do metaverso para o mercado é ampliar as possibilidades para as empresas tradicionais venderem seus produtos em versões virtuais.
Imagem em destaque: Freepik (freepik)