Ao se deparar com uma vaga de emprego, é comum que ela tenha a descrição do nível do cargo, que pode variar entre: júnior, pleno e sênior.
Essas são as designações utilizadas no mercado de trabalho para diferenciar os níveis hierárquicos entre os profissionais de uma mesma área.
Vale lembrar que cada empresa pode ter seus próprios critérios para caracterizar as vagas que seus profissionais ocupam, ou seja, as definições e os requisitos de cada cargo poderão variar conforme a organização.
Confira quais as principais qualidades, atributos e outros aspectos que delimitam as diferenças entre os níveis profissionais.
Quais são os níveis profissionais?
Os principais níveis profissionais utilizados amplamente no mercado de trabalho são:
- júnior;
- pleno;
- sênior.
Todavia, além desses, algumas empresas contam ainda com profissionais que ocupam os cargos de nível master, trainee e estágio.
Vale destacar tais denominações referem-se a algumas caracterísicas que lhes são conferidas em um determinado local de trabalho, entre elas: o tempo de experiência, o conhecimento técnico em sua área de atuação e a competência para encarregar-se de determinadas responsabilidades.
O que é o nível júnior?
O profissional a quem é atribuída a nomenclatura de júnior é aquele que, geralmente, está no início de sua carreira profissional.
Trata-se de uma pessoa recém-formada na graduação ou alguém que acabou de sair de um estágio, cargo de auxiliar ou trainee.
Logo, as funções que esse profissional exerce comumente são menos complexas e ele não tem autonomia para a tomada de decisões importantes, trabalhando sob supervisão constante dos seus gestores.
Isso porque, justamente por ser um profissional no início de carreira, tendo em média de dois a cinco anos de experiência, seus conhecimentos técnicos e habilidades específicas ainda não são tão profundos.
Por essa razão, colaboradores que recebem essa classificação hierárquica dentro da empresa devem estar mais focados no aprendizado e na realização de tarefas com perfil mais operacional, a fim de ganhar vivência para evoluir em seu plano de carreira.
O que é o nível pleno?
O profissional de nível pleno, teoricamente, está plenamente apto para exercer as funções às quais se destina.
Isso significa que se trata de uma pessoa que já possui uma experiência superior a cinco anos e uma boa vivência em sua área de atuação.
Assim, costumam ser incubidos de tarefas mais específicas, com maior grau de complexidade quando comparado ao nível júnior, e que exijam um conhecimento técnico mais aprofundado.
Consequentemente, eles têm mais responsabilidade e menos espaço para os erros comuns que costumam ocorrer no início de carreira.
Vale destacar que por ser um tipo de colaborador com maior maturidade profissional que o júnior, geralmente com pós-graduação ou MBA, seus salários podem ser maiores.
Entretanto, apesar de serem trabalhadores que executam tarefas mais complexas e que conseguem ter uma certa autonomia no dia a dia, ainda são profissionais que possuem um poder de decisão limitado.
O que é o nível sênior?
Quando comparado ao júnior e ao pleno, o nível sênior é aquele que possui a maior experiência dentro da organização.
Geralmente, esse profissional supervisiona funcionários de níveis júnior e pleno. Dessa maneira, é imprescindível que ele seja um bom gestor.
O profissional de nível sênior deve possuir grande experiência e conhecimento técnico profundo em sua área de atuação, uma vez que assume grandes responsabilidades como a liderança de equipe e projetos.
Além do mais, é comum que eles tenham cursado uma pós-graduação ou uma especialização/MBA.
Enfim, trata-se de um profissional bem experiente, com pelo menos 10 anos de atuação no mercado de trabalho, que detém um alto nível de responsabilidade na empresa e possui uma certa autonomia para tomar decisões.
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O que é o nível master?
Algumas empresas utilizam a nomenclatura de nível master para caracterizar profissionais que seriam um nível acima dos sêniores. Portanto, são trabalhadores com mais de 15 anos de experiências aprofundadas.
Esses tipos de profissionais devem possuir domínio técnico e habilidades muito específicas para o cargo, além de credibilidade no mercado e experiência em gestão de equipes.
Por conseguinte, na maioria das vezes, essas pessoas já ocuparam cargos de níveis executivos e possuem certificações educacionais reconhecidas em sua área.
O que é o trainee?
Trainee é o nome dado ao cargo oferecido pelas empresas aos jovens que participam do programa de treinamento direcionado a recém- formados.
Trata-se de um profissional que as empresas procuram para treiná-los em diversas funções específicas internamente. A ideia é treinar o graduando novo.
Depois do estágio, os cargos de trainee costumam ser os primeiros em hierarquia empresarial.
Ou seja, pode-se dizer que o trainee é uma “grande aposta” das empresas, além de funcionar como uma porta de entrada no mercado de trabalho.
Contudo, vale acentuar que o programa de trainee não tem uma regulamentação própria como o de estágio.
Qual a diferença entre o nível júnior e o trainee?
O trainee é o profissional contratado pela empresa para ser treinado de forma intensa com o intuito de assumir um cargo maior posteriormente.
Já o júnior é uma pessoa que já tem alguma experiência de trabalho e começa na hierarquia da empresa no nível inicial, sem necessariamente ter de passar por um programa de trainee.
O que é o estágio?
O estágio trata-se de um momento no qual o estudante pode vivenciar na prática o cotidiano de sua pretensa área de atuação e aplicar os conhecimentos teóricos que foram obtidos em sala de aula.
O objetivo do estágio é, portanto, aprimorar as habilidades e conhecimentos profissionais, sendo um dos primeiros passos no início de carreira.
Vale lembrar que o estágio é algo disposto na legislação brasileira, mais especificamente previsto na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e, em seu art. 1˚, dá a seguintes providências:
- Art. 1˚ – Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Ademais, o estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, integra o itinerário formativo do educando, visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Quais são os tipos de estágio?
O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.
O estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. O estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
O que é um plano de carreira?
De acordo com o Sebrae, “o plano de carreira pode ser visto como o caminho que cada colaborador percorrerá dentro de uma organização”.
É por meio dele que são determinadas as competências necessárias para cada posição hierárquica e também qual é a expectativa da empresa em relação àquela posição.
Além do mais, o plano de carreira permite que o profissional consiga saber quais são as etapas de hierarquia da empresa e quanto tempo ficará em cada uma delas.
Enfim, o plano de carreira deve unir os objetivos do funcionário e da empresa para que, assim, o crescimento de ambos seja potencializado.
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