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Compreenda como funcionam os pagamentos P2P

Saiba o que é o pagamento P2P, como utilizá-lo em seu dia a dia e quais são as suas principais vantagens.

16 de julho de 2021 - Atualizado 22/11/2021

Atualmente, diversas instituições financeiras disponibilizam o envio instantâneo de dinheiro, sem a necessidade de deslocamento até bancos ou pagamento de taxas de transação. Nesse sentido, surgiram as tecnologias P2P (Peer-to-peer) que tornam possível enviar dinheiro instantaneamente para alguém por meio de aplicativos ou plataformas intuitivas.

Além disso, essa modalidade de transações monetárias visa amenizar dificuldades como o grande uso de dinheiro em espécie, o elevado custo para realizar transações interbancárias e as altas taxas para transferências entre cartões.

Descubra quais são as principais características dos pagamentos P2P e quais são as diferenças com relação a outras formas de pagamento. 

O que são pagamentos P2P?

A sigla P2P é a abreviação da expressão inglesa “Person to Person”, que em português significa “Pessoa para Pessoa”. 

Nesse sentido, os pagamentos “Peer to Peer”, Person to Person (P2P) ou simplesmente “P2P Payments” acontecem entre duas pessoas sem o intermédio de terceiros.

Portanto, trata-se da transmissão eletrônica de valores por meio de um dispositivo móvel, onde a transação financeira e a disponibilidade de fundos acontecem em tempo real, a qualquer momento, incluindo finais de semana e feriados.

Como funcionam os pagamentos P2P?

O P2P é um modelo de pagamento no qual as transações financeiras ocorrem quase que instantaneamente, por meio de plataformas ou aplicativos eletrônicos digitais.

Vale destacar, que objetivo central desse tipo de pagamento é diminuir as burocracias, simplificando os processos de movimentações financeiras, com a menor quantidade possível de intermediários.

Logo, enquanto em um “Mobile Payment” comum as instituições bancárias fazem a conexão de um usuário a um estabelecimento comercial, o princípio do pagamento P2P é conectar um usuário a outro por meio de um aplicativo ou sistema comum, independente dos bancos ou bandeiras de cartões que esses usuários utilizam.

Em suma, ao invés de fazer a transferência por intermédio de uma instituição bancária, a transação é feita sem obstáculos entre as mesmas instituições de pagamento. Dessa forma, o dinheiro sai da conta do devedor e cai direto na conta do credor.

Além do mais, a tendência nesse tipo de sistema é de que o tempo de transferência e as taxas também sejam exponencialmente reduzidas.

Um outro detalhe importante é que com o P2P as operações podem ser realizadas 24 horas por dia e sete dias por semana. 

Por fim, o P2P oferece variadas possibilidades, além das transferências financeiras, tendo em vista que, até mesmo pessoas que não possuem um conta física ou digital podem realizar transações bancárias. 

Quais são os principais meios de pagamento P2P?

Em síntese, a solução P2P pode ser dividida em três categorias:

  • não-centrado em banco – o usuário utiliza o serviço de pagamentos on-line como intermediário para realizar transferências para outra pessoa, sem precisar passar por um banco;
  • centrado em banco – o usuário solicita diretamente junto ao banco a transferência para outra pessoa;
  • centrado em cartão – a operadora do cartão (de crédito ou débito) processa totalmente o pagamento.

Empréstimos P2P

Os pagamentos P2P também deram origem a um tipo de empréstimo chamado de P2PL (Peer-to-Peer-Lending) ou EP2P (Empréstimos Pessoa-para-Pessoa) em português, que permite pessoas pegarem ou emprestarem dinheiro sem o uso de uma instituição oficial como intermediadora.

Entretanto, essa forma de pagamento não se encaixa em nenhum dos três tipos tradicionais de instituições financeiras, investidores, seguradoras ou entidades autorizadas a receber depósitos.

Assim sendo, as principais características desse meio de empréstimos são:

  • empréstimos conduzidos para o lucro;
  • não há a necessidade de elo comum ou relação prévia entre credores e devedores;
  • intermediação por uma empresa de empréstimo P2P;
  • transações ocorrem on-line;
  • os credores podem escolher quais os mutuários a investir em;
  • os empréstimos são garantidos e não estão protegidos por um seguro de governo;
  • empréstimos são títulos que podem ser vendidos a outros credores.

Investimentos P2P.

Os investimentos P2P, denominados ainda como P2P Investment (P2PI), constituem o ato de investir dinheiro em devedores que estão precisando de um empréstimo, porém sem uma instituição financeira como intermediadora.

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Qual a diferença do P2P em relação ao DOC e o TED? 

Antes, as principais formas de se pagar por um produto ou serviço era por meio do cheque e de cédulas de dinheiro.

Posteriormente, os avanços tecnológicos possibilitaram que movimentações monetárias passassem a ser efetivadas via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC).

A principal diferença do P2P se comparado ao TED e ao DOC, é a possibilidade de realizar transações a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana. 

Além disso, com o P2P, o usuário se conecta a outro por meio de uma plataforma ou aplicativo, independente do banco ou cartão que utiliza.

Portanto, as operações não precisam necessariamente da atuação do banco como um intermediário, fazendo dessa modalidade de pagamento uma alternativa viável para os brasileiros desbancarizados.

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O P2P é uma modalidade que cresce no Brasil à medida que o Banco Central licencia as fintechs para operar nesse modelo.

Quais os benefícios dos pagamentos P2P?

Confira a seguir algumas da principais vantagens dessa forma de pagamento:

  • possibilidade de realizar transferências a qualquer momento;
  • praticidade e agilidade ao fazer transações;
  • automatização da gestão de pagamentos, evitando trabalhos contábeis manuais;
  • disponibilização imediata do dinheiro;
  • menores custos e taxas, uma vez que, reduz ou elimina por completo as taxas de compensação de boletos e de TEDs;
  • transações podem ser feitas por pessoas sem conta física ou digital;
  • mais segurança, tendo em vista que, as operações são protegida por sistemas criptográficos que inibem a atuação dos criminosos virtuais;
  • ausência de necessidade de deslocamento;
  • multiplicidade de recursos, que proporciona ao cliente experimentar o método P2P em vários tipos de transação (pessoa física para pessoa física, pessoa física para pessoa jurídica, pagamento de bens e serviços no comércio presencial e eletrônico, entre outras modalidades);
  • realização de transações feitas por meio do smartphone sem precisar de muitos processos complicados.

Por fim, de acordo com pesquisa divulgada pela FGV-SP, o Brasil tem hoje mais de um smartphone ativo por habitante.

Além disso, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que apoia e atua no mercado de cartões para um desenvolvimento sustentável do setor, os meios de pagamentos eletrônicos já estão presentes em 34% do consumo das famílias

Nesse sentido, ter a possibilidade de realizar transferências e movimentações financeiras a qualquer momento, com a mesma segurança de um cartão e por meio de um aparelho que cabe na palma da mão, pode criar novos hábitos de consumo e consequentemente abrir novos mercados.

Imagens: Freepik (@pch.vector)

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