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Aplicativos de banco no celular: 9 dicas para se proteger em caso de roubo

Veja como os golpistas conseguem acessar os aplicativos bancários e confira algumas dicas para evitar que você seja vítima desse tipo de golpe.

28 de setembro de 2022 - Atualizado 28/09/2022

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, houve um aumento significativo no número de furto e roubo de celulares no estado, comparando os meses de janeiro a maio de 2021 em relação ao mesmo período deste ano (2022), que cresceram em 41% e 21%, respectivamente. 

Diante desse cenário, a preocupação da população em garantir maior segurança nos dispositivos móveis também tem aumentado.

A proteção de um smartphone pode ser feita com alguns cuidados simples e evitarão que você seja vítima, principalmente, de invasões em aplicativos bancários e golpes que pedem dinheiro a amigos e familiares. 

Dito isso, entenda como funciona a ação de golpistas em invasões de celulares e confira 9 dicas para minimizar a ação desses criminosos.

Como os golpistas conseguem acessar os aplicativos de banco no celular?

Apesar de existirem ferramentas que possibilitam “forçar” o desbloqueio de um celular, como os rootkits utilizados por peritos para investigar telefones, esse é um processo mais demorado, caro e complexo, não sendo muito usado por criminosos.

Dito isso, a ação dos golpistas para acessar aplicativos de bancos no celular das vítimas começa com o roubo dos aparelhos durante o uso do celular pelas pessoas.

Dessa forma, os criminosos têm acesso ao aparelho desbloqueado, tornando fácil o acesso a contas e etapas de recuperação de senhas, já que códigos de segurança e links de ativação costumam ser enviados por e-mail e SMS.

Com o acesso aos aplicativos bancários liberado, o golpe acontece por meio de transferências via Pix, pagamento de boletos e compras no cartão de crédito, por exemplo.

O que fazer para evitar o acesso aos aplicativos de banco em caso de roubo do celular?

A primeira coisa a se fazer em caso de furto ou roubo do seu celular, é tentar apagar as informações contidas no aparelho.

Para isso, tanto a Apple quanto o Google oferecem ferramentas para fazer essa limpeza nos aparelhos de forma remota. Esse procedimento já impede que os criminosos tenham acesso à grande parte das informações.

Depois, será preciso requisitar o bloqueio do celular à operadora. Contudo, só faça isso depois de realizar o primeiro passo, já que após o bloqueio não será possível apagar as informações remotamente.

O próximo passo é entrar em contato com o banco para bloquear o app e impedir a realização de transações financeiras.

Uma outra dica é trocar as senhas e as configurações de autenticação das contas e dos aplicativos instalados no smartphone, incluindo redes sociais e e-mail, e acessar a ferramenta Registrato do Banco Central para verificar se os seus dados não foram utilizados para abertura de contas ou empréstimos.

Por fim, registre um Boletim de Ocorrência, que pode ser feito presencialmente, na delegacia mais próxima ao local onde o crime ocorreu, ou online, por meio da delegacia eletrônica.

A vítima tem direito de ressarcimento em caso de movimentações criminosas em seus aplicativos de banco?

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) afirma que é responsabilidade dos bancos garantir a segurança dos aplicativos e das operações financeiras e explica que as vítimas que tiverem movimentações em suas contas feitas por esse tipo de golpe têm direito a pedir ressarcimento de um eventual prejuízo.

Isso porque o banco tem todo o aparato tecnológico para identificar movimentações sucessivas ou em valor considerável que fogem do padrão do cliente, tendo a possibilidade de bloquear transações suspeitas.

Diante disso, em caso de crimes dessa natureza, cabe ao banco comprovar que não existiu falha de segurança e que a culpa teria sido exclusiva do consumidor.

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9 dicas de como proteger os aplicativos de banco do seu celular

Evite senhas fáceis

Evite utilizar datas de aniversário, casamento e números sequenciais como senha.
Para dificultar o acesso indevido às contas, é preciso definir senhas “fortes”, fazendo uma junção de letras minúsculas e maiúsculas, caracteres especiais e números, ou utilizando sequências numéricas que não sejam óbvias.

Use senhas diferentes

Apesar de ser mais cômodo utilizar uma única senha para tudo, esse costume facilita a invasão de criminosos.
Por isso, o ideal é ter senhas diferentes para cada tipo de aplicativo que você utiliza. Uma dica para não esquecer, é criar uma base e ir variando conforme a categoria dos serviços que você precisa fazer um cadastro com senha.

Mantenha o dispositivo atualizado

Manter o computador, celular e tablets sempre com o sistema operacional atualizado ajuda a impedir a invasão de criminosos nesses dispositivos.
Além disso, os aplicativos também costumam ter com frequência novas atualizações, fique atento.

Não anote senhas nos dispositivos

De fato, em meio a tantas senhas, surge a necessidade de anotá-las em algum lugar. Contudo, evite fazer isso nos dispositivos e em plataformas que armazenam os dados na nuvem, como o Google e o Office.
Se precisar salvar as senhas, faça isso em algum papel ou caderno que você possa manter em casa e tente disfarçar essa informação como se fossem outros dados, como por exemplo, um número de telefone ou um código de acesso para outro serviço.

Tenha mais de um e-mail

Essa dica é para evitar que as senhas e códigos de verificação fiquem no e-mail que você utiliza no celular.
Assim, você mantém um e-mail para uso diário e outro apenas para receber essas etapas de validação e recuperação de acessos.

Apague seu número dos aplicativos

Quando possível, evite utilizar seu número como cadastro e também não o use como forma de recuperar senhas. Lembre-se do e-mail secundário e evite que seu número receba qualquer informação que possa comprometer a segurança dos seus aplicativos.

Não guarde documentos em seu smartphone

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Fotos de RG, CPF, cartões de crédito, certidões, nenhum desses documentos devem ser armazenados na memória do celular. Isso porque eles podem ser utilizados para acessar suas contas, roubar seu dinheiro e, até mesmo, facilitar os golpes de clonagem.

Use ferramentas de segurança adicionais

A maioria dos aplicativos de pagamento permitem ativar recursos de segurança adicionais, como a autenticação em dois fatores.
Além disso, os celulares também possibilitam o bloqueio dos aplicativos com medidas de segurança adicionais, como código numérico e bloqueio biométrico.
Por fim, você também pode ativar esses recursos para realizar transações nesses dispositivos, ou seja, só será possível concluir uma transferência ou pagamento se tiver a senha para desbloquear a ação.

Estipule um limite de valor para transações

Limitar o valor e os horários em que pode ser realizado transações financeiras em cada canal também é uma ótima opção para evitar ser vítima de golpes.
A maioria das instituições bancárias permitem que você personalize os dispositivos autorizados para pagamentos, PIX e transferências, além de limitar os valores que podem ser movimentados por dia ou até por mês e em quais horários essas transações podem acontecer.

Imagens do texto: Freepik (pch.vector e freepik)

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