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Sedentarismo: você sabe quais são as consequências?

Fique por dentro de quais são as principais consequências do sedentarismo e confira algumas dicas para combater essa doença.

17 de fevereiro de 2023 - Atualizado 17/02/2023

O sedentarismo está na lista dos principais fatores de risco que prejudicam a sua saúde.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, mais de 47% da população adulta brasileira é sedentária. 

Dados divulgados em 2020 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apontam que até 5 milhões de mortes poderiam ser evitadas se a população fosse mais ativa fisicamente. 

Ademais, conforme alerta um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença pode levar 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis até 2030.

Vale acentuar que baixos níveis de atividade física estão associados ao surgimento e agravamento de várias doenças crônicas não transmissíveis. Assim sendo, é fundamental ser ativo fisicamente.

Veja quais são as causas do sedentarismo e saiba quais são as doenças associadas à vida sedentária.

O que é o sedentarismo?

O sedentarismo é caracterizado pela falta ou pela grande diminuição da atividade física.

Vale salientar que a atividade física não é apenas aquela de caráter esportivo, mas, sim, toda aquela que faz parte da mobilidade humana.

Assim, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são considerados sedentários os indivíduos que gastam menos de 2.200 quilocalorias (kcal) em qualquer tipo de atividade física ao longo de uma semana. 

Vale ressaltar que nessa contagem não estão incluídos somente os exercícios ou esportes, mas também os movimentos simples que realizamos no cotidiano e no trabalho.

Já o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) define o sedentarismo como uma prática de atividades físicas leves inferior a 150 minutos por semana, para a população entre 18 e 60 anos.

Nesse contexto, é importante frisar que o comportamento sedentário leva a saúde da pessoa ao declínio e faz com ela fique mais suscetível ao surgimento de doenças. 

Por conseguinte, em vista dos grandes problemas de saúde que o sedentarismo pode causar na população, ele é considerado um grave problema de saúde pública.

Quais são os níveis de sedentarismo?

O sedentarismo pode ser classificado em quatro níveis, da seguinte maneira:

  • nível 1 – pessoas que fazem eventuais caminhadas durante a semana, mas não consideram a prática de atividade física como algo que deve fazer parte da rotina com uma intensidade maior;
  • nível 2 – indivíduos que só se movimentam para separar o lixo, lavar a louça e, eventualmente, ir ao supermercado e carregar sacolas;
  • nível 3 – pessoas que evitam qualquer esforço físico;
  • nível 4 – aqueles que nem sequer se lembram de quando foi a última vez que se exercitam e não realizam nem os simples esforços do cotidiano;

Quais são as causas do sedentarismo?

O sedentarismo pode ser ocasionado por diferentes razões. Contudo, todas estão relacionadas à má alimentação e à falta de atividade física.

Além disso, a industrialização combinada com o desenvolvimento tecnológico facilitaram a execução de diversas tarefas que antes exigiam maior esforço físico. 

Logo, a utilização de controles remotos, o uso prolongado de computador, celular e TV, a facilidade do delivery, a utilização do carro para percorrer pequenas distâncias que poderiam ser feitas a pé, o uso de escadas rolantes, entre outros podem ser considerados maus hábitos que acabam por contribuir no desenvolvimento do comportamento sedentário.

Na mesma via, o excesso de tarefas no dia a dia e o ritmo de vida acelerado da sociedade contemporânea tornam-se, muitas vezes, obstáculos para a realização de alguma atividade física, exigindo que a nossa locomoção seja feita por meio de transportes motorizados que, consequentemente, diminuem nosso nível de movimentação.

Segundo o Ministério da Saúde, um comportamento sedentário envolve atividades realizadas quando você está acordado sentado, reclinado ou deitado e gastando pouca energia. 

Logo, as posições para usar celular, computador, tablet, videogame e assistir à televisão ou à aula, realizar trabalhos manuais, jogar cartas ou jogos de mesa, estar dentro do carro, ônibus ou metrô, podem tornar-se prejudiciais.

Enfim, todos esses hábitos aliados a uma alimentação não balanceada, com um consumo exagerado de alimentos industrializados, podem culminar no sedentarismo.

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Quais são os sintomas do sedentarismo?

Entre os sintomas mais comuns do sedentarismo, destacam-se:

  • cansaço excessivo;
  • falta de ânimo e disposição;
  • dores nas articulações;
  • aumento excessivo de peso;
  • acúmulo de gordura abdominal e no interior das artérias; 
  • ausência de força muscular;
  • roncos durante o sono e/ou apneia.

Quais são as principais consequências do sedentarismo?

Atualmente, o sedentarismo é considerado por especialistas como um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares

Isso porque um indivíduo sedentário pode ter aumento dos níveis de colesterol, já que a doença favorece o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, dificultando a passagem de sangue.

Tal situação pode atenuar quadros de hipertensão arterial e aparecimento de problemas cardíacos, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e trombose.

Vale lembrar que o risco de ocorrência de um infarto é comprovadamente duas vezes maior em indivíduos sedentários quando comparados com aqueles regularmente ativos.

Além disso, os efeitos nocivos da inatividade física também afetam os ossos e os tendões, causando uma atrofia das fibras musculares e a perda da flexibilidade articular, e o comprometimento funcional de vários órgãos, como o pulmão e o cérebro.

Ou seja, o comportamento sedentário provoca aos poucos o desuso dos sistemas funcionais humanos.

Quais são as doenças associadas ao sedentarismo?

Existem diversas doenças que podem estar associadas ao sedentarismo, entre elas:

  • doenças cardiovasculares;
  • pressão alta;
  • diabetes; 
  • ansiedade;
  • depressão;
  • atrofia muscular;
  • osteoporose;
  • obesidade;
  • trombose;
  • insônia e outros distúrbios do sono.

Ademais, o sedentarismo pode causar estresse excessivo, que apesar de não ser considerado uma doença, pode desencadear quadros perigosos de ansiedade, depressão e problemas cardíacos, de pele e gastrointestinais.

Como combater o sedentarismo?

De acordo com o Guia da Atividade Física para a População Brasileira do Ministério da Saúde, a saúde física é importante para o pleno desenvolvimento humano e a atividade física deve ser praticada em todas as fases da vida e em diversos momentos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos façam de 150 a 300 minutos por semana de atividade física moderada ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa, quando não houver contraindicação.

Isso significa, que para não ser considerado sedentário, o indivíduo precisa fazer atividades moderadas pelo menos 5 vezes por semana durante 30 minutos ou atividades físicas intensas pelo menos 3 vezes por semana durante 20 minutos.

É importante ressaltar que esse tempo já é suficiente para diminuir em 50% o risco dos malefícios causados pelo sedentarismo.

Além do mais, manter uma alimentação saudável e balanceada é essencial para evitar a vida sedentária.

Confira a seguir mais dicas para combater o sedentarismo.

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O sedentarismo pode causar cansaço e desânimo no indivíduo. | Imagem: Freepik (kues1)

4 dicas para combater o sedentarismo

  1. Suba e desça escadas

Sempre que possível evite escadas rolantes e elevadores para subir e descer entre os andares. Utilize mais as escadas comuns na locomoção do seu dia a dia.

  1. Use menos o carro

Prefira caminhar do que utilizar o carro para fazer pequenos trajetos, como na hora de ir  até a padaria ou no supermercado.

  1. Alongue-se e faça exercícios de mobilidade

Procure não passar muito tempo sentado ou deitado. Faça alongamentos sempre que possível e inclua exercícios de mobilidade física nos intervalos do seu dia.

  1. Pratique um esporte ou faça exercícios regularmente

Tente encontrar um esporte que se encaixe no seu perfil ou pelo menos frequente a academia ou as aulas de ginástica.

Para isso, converse com o seu médico para que ele lhe indique o melhor tipo de atividade para você, principalmente, se tiver algum problema crônico, como diabetes, cardiopatia, obesidade, entre outros.

Pequenas mudanças de hábitos podem auxiliar no combate ao sedentarismo, desde que haja a adequação das atividades corretas ao estilo de vida de cada indivíduo.

Imagem em destaque: Freepik (master1305)

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