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Saiba tudo sobre alergia

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Redação

março 31, 2023

Em fevereiro de 2023, a trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, ficou em estado grave numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Goiânia, após cheirar pimenta e ter uma reação alérgica. 

Em vista da gravidade, o caso teve repercussão nacional e chamou a atenção para essa doença sistêmica. 

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), estima-se que cerca de 30% da população brasileira têm algum tipo de alergia, dos quais 20% são crianças. 

Entre os principais tipos de alergia destacam-se as respiratórias, como asma e rinite alérgica, as de pele, como a dermatite atópica, dermatite de contato e urticária, as alergias oculares e as alergias alimentares.

Confira como é feito o diagnóstico de alergias e saiba se prevenir de complicações mais graves em decorrência dessa doença.

O que é alergia?

As reações alérgicas (reações de hipersensibilidade) ou alergias são uma resposta imunológica do corpo a uma substância estranha que normalmente é inofensiva para a maioria das pessoas.

O que são alérgenos?

Os alérgenos são substâncias de origem natural capazes de provocar uma hipersensibilidade em pessoas mais suscetíveis e que causam o desenvolvimento de inflamações no órgão sensível, que pode ser o nariz, o pulmão e até a pele, causando rinite alérgica, asma e dermatite atópica, respectivamente.

O que pode causar alergia?

Inúmeros agentes podem causar reações alérgicas, seja por inalação, ingestão, injeção ou contato direto com a pele ou com os olhos. 

Entre os principais agentes que provocam alergia ou hipersensibilidade, destacam-se:

  • poeira – gera partículas em suspensão no ar e, dependendo das características físicas e químicas dos materiais que a compõem a poeira, podem causar problemas de saúde;
  • ácaros – os ácaros são encontrados na poeira, são seres minúsculos, geralmente menores que um milímetro de comprimento. É o principal agente deflagrador de alergias que pode desencadear crises de asma, rinite, sinusite, conjuntivite, eczemas, coceiras, entre outros sintomas;
  • baratas – possui alguns compostos no organismo que podem provocar processos alérgicos. Dependendo do ambiente em que elas morrem, o corpo delas vai se decompondo, secando e vai se misturando com a poeira do local;
  • mofo e esporos de fungos – podem causar asma alérgica, rinite alérgica, sinusite fúngica, aspergilose broncopulmonar alérgica, micose broncopulmonar alérgica e outras alergias;
  • epitélio (pele) e pêlos de animais – em pets domésticos, como gatos e cães, o alérgeno pode estar no pelo, na saliva, na urina e até em partículas invisíveis a olho nu;
  • picadas de insetos – a picada de abelhas, vespas, formigas, pernilongos, pulgas percevejos e outros insetos podem causar alergia local ou sistêmica. A reação local mais comum é o prurigo estrófulo, que é uma hipersensibilidade à saliva de insetos;
  • iodo – usado em contrastes para exames radiológicos. As reações imediatas a meios de contraste iodados podem produzir comichão, urticária, edemas (“inchaços”), sintomas respiratórios e até mesmo anafilaxia;
  • látex – presente em luvas e preservativos, pode causar dois tipos de alergias:
    •  dermatite de contato – é desencadeada por substâncias químicas que são adicionadas ao látex na produção da borracha. Os sintomas são prurido, eritema, edema e, ocasionalmente, pequenas bolhas, principalmente nas mãos;
    • alergia tipo anafilática – esta é uma reação às proteínas contidas na borracha que, quando em contato com a pele, aspirada ou ingerida, podem causar urticária de contato, conjuntivite, rinite, crises de asma e, em casos mais graves, choque anafilático;
  • pólens de flores – durante a primavera, os pólens aumentam com a mudança de estação e podem causar quadros intensos de alergia. Os sintomas incluem uma sucessão de espirros e o nariz, os olhos e a garganta coçam intensamente. Além disso, há congestão nasal e os olhos se tornam vermelhos e lacrimejantes. Alguns alérgicos ao pólen apresentam asma, com tosse, chiado e dificuldade respiratória;
  • alimentos – como amendoim, soja, castanhas em geral, peixes, frutos do mar, ovos, derivados do leite, grãos com glúten, entre outros;
  • medicamentos – principalmente antibióticos derivados de penicilina, bem como alguns anti-inflamatórios e anti-hipertensivos.

Quais são os sintomas comuns de alergia?

Existem diversos sintomas provocados por alergias, mas alguns são mais comuns, entre eles:

  • espirros;
  • coriza;
  • olhos lacrimejantes;
  • coceira;
  • urticária;
  • tosse;
  • chiado no peito; 
  • falta de ar.

As alergias podem levar à morte?

Sim. Em casos graves, a reação alérgica pode causar anafilaxia que, por sua vez, pode levar à morte do paciente.

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O que é anafilaxia?

Anafilaxia é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal que pode ocorrer minutos ou até segundos após a exposição a um alérgeno. 

Tal reação é caracterizada por uma resposta imunológica excessiva do corpo, ocorrendo quando o sistema imunológico libera uma grande quantidade de histamina e outras substâncias químicas no organismo, causando uma série de sintomas que podem levar à morte em questão de minutos.

Os sintomas da anafilaxia incluem coceira e vermelhidão na pele, urticária, inchaço na face, lábios, língua ou garganta, dificuldade em respirar, chiado no peito, tonturas, náuseas, vômitos e diarreia. 

Em casos graves, pode levar ao choque anafilático, uma condição que resulta em queda da pressão arterial e pode ser fatal.

É importante ressaltar que a anafilaxia é uma emergência médica e requer tratamento imediato, que geralmente envolve a administração de epinefrina (adrenalina), um medicamento que ajuda a aliviar os sintomas e a estabilizar o corpo. 

As alergias são hereditárias?

A alergia depende de uma predisposição genética, sendo comum existir histórico familiar na investigação dos pacientes alérgicos.

Existem evidências que sugerem que a predisposição genética pode contribuir para o desenvolvimento de alergias. Ou seja, existe um fator hereditário relacionado à alergia.

Logo, quando um progenitor tem alergia, a criança tem uma chance maior de desenvolver alergias.

Porém, vale lembrar que muitos quadros de alergia têm relação com fatores ambientais

As alergias podem desaparecer com o tempo?

Algumas alergias podem desaparecer com o tempo, especialmente as alergias alimentares em crianças. 

Segundo especialistas, o que acontece é que com o passar do tempo o organismo pode perder a hipersensibilidade.

No entanto, algumas alergias podem durar a vida toda.  

Como é feito o diagnóstico de alergia?

O diagnóstico de alergia é feito com base na avaliação dos sintomas e histórico médico do paciente, além de exames complementares. 

Esses exames podem incluir, entre outros, testes cutâneos (que são realizados para verificar a resposta do sistema imunológico a diferentes substâncias) e testes sanguíneos (que medem a quantidade de anticorpos IgE específicos produzidos em resposta a uma substância alergênica), dependendo do tipo de alergia suspeita.

É importante destacar que o diagnóstico de alergia deve ser feito por um médico especializado em alergias, como um alergista ou imunologista, que irá avaliar o histórico médico e os resultados dos testes para chegar a um diagnóstico preciso.

Como as alergias são tratadas?

O tratamento para alergias pode incluir oxigênio, fluidos intravenosos, medicamentos para aliviar os sintomas, como anti-histamínicos, corticosteróides e descongestionantes. 

Vale lembrar que cada tipo de alergia apresenta diferentes sintomas e gravidades, e o tratamento também pode variar de acordo com a causa e a gravidade da reação.

Contudo, o objetivo é sempre interromper a reação alérgica o mais rápido possível para evitar complicações graves e potencialmente fatais.

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Exemplo de teste de cutâneo para identificação de alergia. | Imagem: Freepik (freepik)

O que fazer em caso de suspeita de alergia?

As alergias podem ser desconfortáveis e afetar a qualidade de vida de muitas pessoas. 

Em casos de suspeita de alergia, é importante procurar um médico especialista que irá pesquisar as causas da alergia e recomendar o tratamento mais adequado para controlar a doença.

Imagem em destaque: Freepik (freepik)

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