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Seguro cartão de crédito cobrado indevidamente: saiba como pedir indenização por venda casada

Você está pagando um seguro cartão de crédito cobrado indevidamente, sem nunca ter solicitado? Essa prática é mais comum do que se imagina. Confira agora sua fatura e saiba como buscar seus direitos, que podem incluir, além da devolução em dobro, indenizações que podem chegar a R$ 15 mil, conforme jurisprudência brasileira.

Identificar é simples: abra a fatura do seu cartão agora mesmo — pelo aplicativo ou no PDF. Procure por linhas de cobrança que somam R$ 20, R$ 40 ou mais todo mês, geralmente com nomes como:

  • Seguro Protegido
  • Proteção Premier
  • Proteção Plus
  • Seguro Cartão Protegido
  • Seguro Proteção Financeira
  • Safe Card
  • Proteção Cartão

Se encontrou alguma dessas cobranças e você nunca contratou um seguro cartão, saiba: isso configura venda casada, prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 39, I). Você tem o direito de questionar judicialmente essa conduta.

Na Rosenbaum Advogados, temos uma equipe especializada em ações contra cobrança abusiva de seguros e temos alta taxa de êxito nesses casos. Por isso, sabemos que a jurisprudência prevê a devolução em dobro (art. 42 do CDC) somada a danos morais.

Recentemente, obtivemos acordos favoráveis para clientes de instituições como Itaú, Bradesco e Nubank. Abaixo, explicamos como funciona.

Por que é possível processar o banco por esse seguro indevido?

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) pacificou o entendimento no Tema 972: o banco não pode impor seguro de empresa do mesmo grupo sem consentimento expresso e destacado do consumidor. Deve haver contrato separado ou gravação clara.

Na prática, muitas gravações apresentadas pelos bancos são consideradas insuficientes pelos juízes, pois o serviço é ofertado de forma confusa ou como um “benefício gratuito” que se torna pago.

Decisões recentes, como as do TJDFT, reforçam que a cobrança abusiva gera o dever de devolução em dobro e danos morais (in re ipsa). Portais jurídicos como o Jusbrasil reúnem diversos acórdãos onde as instituições financeiras são condenadas por não comprovarem a contratação regular.

Se o consumidor estiver com o nome no SPC/Serasa ou sofrer perda de tempo útil (desvio produtivo), precedentes indicam que a indenização tende a ser maior.

Close em fatura de cartão mostrando cobrança de serviços não contratados e venda casada

Na prática, o cenário comum é:

  • Atendente oferece o seguro por telefone como benefício automático;
  • A gravação não comprova a clareza da oferta;
  • O consumidor só percebe a cobrança meses depois na fatura.

O resultado frequente no Judiciário é o reconhecimento da falha do banco e a condenação ao ressarcimento e pagamento de danos morais.

Quais bancos mais apresentam essas cobranças?

Abaixo, listamos as nomenclaturas mais comuns encontradas nas faturas. Se o seu caso se enquadra aqui, você pode contestar a cobrança, inclusive através de uma ação judicial:

Nome da cobrançaBanco/Operadora Comum
Seguro Protegido / Proteção APBradesco, BMG, Itaú
Proteção Premier / Proteção PlusItaú e Credicard
Seguro Cartão ProtegidoSantander
Seguro Proteção FinanceiraBanco do Brasil e Ourocard
Safe Card / Proteção CartãoNubank, C6, Inter, Banco Pan

Órgãos como o Procon alertam constantemente que a cobrança de serviços não contratados constituem falha na prestação de serviço.

Qual o valor da indenização por venda casada de seguro?

Com base em nossa experiência e na jurisprudência atual, os valores médios de condenação podem envolver:

  • Devolução em dobro: todos os valores cobrados indevidamente nos últimos 5 anos, com correção monetária e juros;
  • Danos morais: médias que variam de R$ 5 mil a R$ 10 mil (podendo ser maior em caso de negativação indevida);
  • Cancelamento imediato: suspensão da cobrança e retirada de eventual restrição no nome.
Representação jurídica de processo contra banco por venda casada e devolução em dobro

Como processar o banco: passo a passo com advogado especializado

O processo pode ser totalmente digital. Veja o caminho ideal:

  1. Reúna provas: Salve as faturas e extratos dos últimos 5 anos (a inversão do ônus da prova favorece o consumidor, conforme art. 6º, VIII do CDC).
  2. Notifique o banco: Tente o cancelamento via SAC e guarde o protocolo. A negativa do banco serve como prova da falha administrativa ao negar o estorno do cartão.
  3. Ajuizamento da Ação: É possível pedir a tutela de urgência para cessar a cobrança imediatamente.
  4. Conte com suporte jurídico: Embora o JEC permita atuação sem advogado em causas menores, contar com um especialista é recomendável para fundamentar o pedido de danos morais e maximizar a indenização.
  5. Acordo ou Sentença: Muitos casos resultam em acordo extrajudicial em 60 a 90 dias, pois os bancos buscam evitar condenações.

Quer uma análise da sua fatura e simulação de valores?

Você pode entrar em contato com uma equipe de especialistas através do nosso formulário.

Atendemos todo o Brasil de forma online.

Cliente enviando foto da fatura pelo WhatsApp para análise de advogado especialista em direito bancário

Perguntas frequentes sobre seguros não contratados

Eu assinei algo antigo — ainda cabe processo?
Sim. O prazo prescricional é de 5 anos (CDC, art. 27). Assinaturas em contratos de adesão genéricos, sem destaque para o seguro, contrariam o Tema 972 do STJ.
O banco diz que o seguro é obrigatório. É verdade?
Não. Nenhum seguro de cartão de crédito é obrigatório. Condicionar o cartão ao seguro é venda casada.
Tentei cancelar e negaram. E agora?
A recusa administrativa fortalece seu processo judicial, demonstrando a má-fé da instituição e a necessidade da intervenção do juiz.
Quanto tempo demora?
Processos judiciais variam, mas acordos podem ocorrer em poucos meses (2-3 meses em média). Sem acordo, o trâmite pode levar de 8 a 12 meses.
Estou negativado por não pagar essa fatura. O que fazer?
Nesse caso, o dano moral é presumido e a indenização costuma ser mais alta. Pedimos a liminar para limpar seu nome imediatamente.
Preciso de advogado ou faço sozinho?
Você pode atuar sozinho no JEC, mas contar com um escritório e um advogado especialista em direito bancário aumenta a segurança jurídica, a correta fundamentação dos pedidos e a chance de obter valores maiores.

Aqui no Rosenbaum Advogados, lidamos diariamente com o direito do consumidor bancário. Se identificou essa cobrança, não deixe seu dinheiro com o banco.

Equipe Rosenbaum Advogados

Especialistas em Direitos do Consumidor e Direito Bancário.

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