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Descredenciamento do Hospital Albert Einstein pela SulAmérica em 2025: o que você precisa saber sobre seus direitos e opções

Direito à Saúde, Notícias
Imagem ilustrando descredenciamento SulAmérica Einstein 2025 com foco em direitos do beneficiário de plano de saúde e proteção ao consumidor.
Publicado: dezembro 9, 2025 Atualizado: dezembro 10, 2025
Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Se você é beneficiário de um plano de saúde da SulAmérica e ficou sabendo do descredenciamento SulAmérica Einstein 2025 em alguns planos, provavelmente está se perguntando o que isso significa para o seu atendimento.

Essa mudança faz parte de uma reorganização comum no setor de saúde suplementar no Brasil, mas pode gerar dúvidas sobre proteção ao consumidor, especialmente se você escolheu o plano justamente por causa do Einstein, que era um dos principais atrativos.

Vale lembrar que hospitais como o Sírio-Libanês já faziam parte da rede credenciada desde o início, e a única troca proposta parece ser pelo Hospital Vila Nova Star – o que levanta questões sobre equivalência real.

Neste artigo, vamos explorar o histórico de casos semelhantes com operadoras como Unimed, Golden Cross e Amil, analisar decisões consolidadas do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e discutir como defender seus direitos com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e na Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/1998).

Vamos focar em dicas práticas para quem foi afetado pelo descredenciamento do Hospital Israelita Albert Einstein, tudo de forma clara e direta, analisando a jurisprudência para planos de saúde do TJSP e STJ, e explicando os direitos do beneficiário em descredenciamento de hospital.

Histórico de descredenciamentos: lições de casos com Unimed, Golden Cross, Avicena e mais

Mudanças como essa não são raras no mundo dos planos de saúde – muitas vezes, surgem de negociações comerciais ou questões financeiras. Mas quando não são bem gerenciadas, acabam parando na Justiça. Vamos ver alguns exemplos reais que podem se aplicar ao seu caso:

Unimed

Em 2024, a Unimed Nacional anunciou o descredenciamento de 37 hospitais em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, afetando principalmente redes como D’Or e Hapvida. Isso gerou uma onda de reclamações por falta de aviso prévio.

Um caso clássico é o REsp 1.561.445/SP do STJ, de 2015 mas ainda aplicado diariamente em 2023, 2024 e 2025, onde a operadora foi responsabilizada por interromper um tratamento oncológico sem notificar o paciente adequadamente, violando o artigo 17 da Lei nº 9.656/1998.

O TJSP tem anulado mudanças semelhantes por falta de opções equivalentes em áreas como oncologia.

Golden Cross

Essa operadora, que foi gigante nos anos 80 e 90, entrou em crise no início dos 2000 e vendeu sua carteira para a Unimed Rio, o que levou a descredenciamentos em massa.

O TJSP obrigou a manutenção da rede original, com base na Súmula 100 do tribunal e no princípio da boa-fé.

Avicena

Em 2022, o TJSP derrubou o descredenciamento do Grupo Dasa porque não havia prova de que os substitutos eram tão bons quanto.

Isso reforça a regra da ANS (RN 585/2023) sobre aprovação prévia e comunicação clara.

SulAmérica e outros

A própria SulAmérica já lidou com polêmicas em 2022, como remoção de laboratórios sem aviso, levando a ações judiciais. Em 2025, decisões recentes no TJSP, especialmente na 7ª Câmara de Direito Privado, forçaram a cobertura de tratamentos em hospitais descredenciados durante a transição.

Casos com a Amil, como o descredenciamento de 10 hospitais em 2024, e Bradesco Saúde mostram o mesmo padrão: tribunais priorizam o beneficiário, especialmente em tratamentos crônicos ou para idosos.

Esses episódios destacam que descredenciamentos precisam de aviso com pelo menos 30 dias e aprovação da ANS – senão, podem ser anulados.

Por que o Hospital Albert Einstein é tão especial? Qualidade e especialidades em foco

O Einstein não é só mais um hospital; ele é referência mundial.

No ranking World’s Best Hospitals 2025 da Newsweek, ele lidera a América Latina em sete áreas chave, como oncologia, neurocirurgia e gastroenterologia, com um score de 92.98%.

Uma pesquisa Datafolha de junho de 2025 com mais de 600 médicos o elegeu o melhor do Brasil, com 36% das preferências, à frente do Sírio-Libanês (19% e score de 84.46%).

O Sírio-Libanês, aliás, já estava na rede credenciada da SulAmérica desde o início, o que reforça que muitos beneficiários escolheram o plano especificamente pelo Einstein como diferencial premium. Agora, a única troca proposta é pelo Hospital Vila Nova Star, que aparece bem abaixo nos rankings – por exemplo, em 41º lugar no Newsweek 2025, com um score de apenas 70.21%.

Comparado ao Einstein, o Vila Nova Star tem menos reconhecimento em especialidades complexas, como transplantes e neurologia avançada, e não conta com o mesmo nível de investimentos em tecnologia, como IA para diagnósticos precisos.

Pense em taxas de sucesso de 95% em neurocirurgias no Einstein versus opções mais limitadas no substituto. Se o seu plano foi vendido com o Einstein como destaque, trocar por algo inferior pode ser questionado na Justiça.

Foto do Hospital Albert Einstein, destaque no ranking Newsweek, demonstrando o descredenciamento SulAmérica Einstein 2025

Expectativa legítima em planos antigos: o que dizem STJ e STF

Se o seu plano tem 20 ou 30 anos, você provavelmente esperava que a rede premium continuasse igual, especialmente porque muitos consumidores optaram pela SulAmérica justamente pelo acesso ao Einstein como essência do contrato. O STJ protege isso com a “expectativa legítima”:

  • REsp 1.346.495/SP – barraram mudanças unilaterais que frustram a confiança do consumidor, usando a boa-fé do artigo 422 do Código Civil.
  • REsp 1.705.311/SP – anulou cancelamento similar.

Até o STF reforça a permanência em redes de qualidade, ligando ao princípio da dignidade humana na Constituição.

Quem prova que o substituto é bom? A operadora, claro!

Pela Lei dos Planos de Saúde (artigo 17), a SulAmérica tem que mostrar que os novos hospitais são equivalentes – não você.

O STJ confirma isso no REsp 1.144.840/SP, e o TJSP segue a mesma orientação em decisões recentes de 2023 a 2025, anulando mudanças sempre que a operadora não comprova a qualidade dos substitutos.

Intuitu personae: quando o hospital é o coração do contrato

Alguns planos são “intuitu personae”, ou seja, escolhidos por causa de um hospital específico, como o Einstein.

O STJ (REsp 1.561.445/SP) e o TJSP vedam alterações que mudam a essência do serviço. Se isso se aplica ao seu caso, uma liminar pode suspender tudo – e clientes em tratamento têm mais chances de conseguir essa decisão provisória rápida.

Defendendo seus direitos como consumidor: dicas e argumentos fortes

No fim das contas, descredenciamentos assim podem criar desequilíbrio contratual (artigo 6º, V, do CDC) ou cláusulas abusivas (artigo 51, IV).

É possível argumentar contra retroatividade prejudicial, pedir responsabilidade solidária por prejuízos e até ações coletivas via associações como o IDEC.

Documente tudo para fortalecer sua posição.

O que fazer agora? Recomendações para beneficiários afetados

Não espere para agir – aqui vão passos práticos.

Lembre-se de que ações judiciais como essa geralmente duram em média 12 a 18 meses, e quanto antes você entrar, melhor, para aumentar as chances de uma resolução favorável.

Clientes em tratamento têm mais chances de obter uma liminar, que é uma decisão provisória para manter o acesso ao Einstein enquanto o processo corre. Se não conseguir a liminar, você ainda tem boas chances de a ação ser julgada procedente no final, mas durante esse período, terá que avaliar opções como a portabilidade de carências para migrar para outro plano sem perder coberturas.

Enquanto aguarda o julgamento final, você pode utilizar a rede credenciada atual sem problemas – só não poderá usar o Einstein se não houver liminar.

  1. Aproveite a rede atual: marque consultas no Einstein enquanto dá tempo e registre tudo.
  2. Tratamentos em curso: peça uma liminar judicial para continuar lá, com base na Súmula 608 do STJ.
  3. Reúna provas: guarde boletos antigos, histórico médico e propagandas da SulAmérica destacando o Einstein.
  4. Denuncie: fale com a ANS pelo portal ou com o Procon se houver falha no aviso.
  5. Considere mudar: veja outros planos, mas cheque carências (artigo 12 da Lei 9.656/1998) ou opte pela portabilidade se não conseguir liminar.
  6. Conheça seus direitos: você pode entrar com uma ação de obrigação de fazer – liminares saem rápido, em até 48 horas, e o processo total pode levar 12 a 18 meses, mas tem chances de sucesso.

Lembre-se: isso é orientação geral. É recomendável consultar um advogado para o seu caso específico.

FAQ: respostas para todas as dúvidas sobre o descredenciamento SulAmérica Einstein 2025

O descredenciamento do Einstein pela SulAmérica é legal?
Pode ser, se tiverem avisado com 30 dias e oferecido substituto equivalente (Lei 9.656/1998). Mas se não provarem a qualidade igual, é abusivo – veja REsp 1.144.840/SP do STJ.
Quem tem que provar que os novos hospitais são tão bons quanto?
A SulAmérica, pelo ônus da prova (orientação pacífica do STJ e TJSP).
Meu plano é antigo (30 anos) e o Einstein era o principal atrativo – o que faço?
Alegue expectativa legítima e intuitu personae. O STJ anula mudanças assim por boa-fé (REsp 1.346.495/SP).
Posso entrar na Justiça se estiver no meio de um tratamento no Einstein?
Sim, peça liminar para manter o atendimento (Súmula 608/STJ). Clientes em tratamento têm mais chances de conseguir essa decisão provisória. Junte seu histórico médico.
E se o hospital substituto for pior, posso pedir reembolso?
Sim, baseado no artigo 18 do CDC.
Quais são os hospitais alternativos da SulAmérica?
Geralmente Rede D’Or ou Sírio-Libanês, mas questione se eles atendem suas necessidades – exija prova de equivalência.
Sou idoso ou tenho doença crônica: isso muda algo?
Sim, tribunais priorizam vulneráveis, invocando dignidade humana (Constituição, artigo 1º, III).
Posso trocar de plano sem carência por causa disso?
Em casos de descredenciamento, a ANS permite migrações especiais (RN 585/2023) – confirme com a operadora.
Como denuncio para a ANS ou Procon?
Acesse o portal da ANS ou o site do Procon do seu estado; anexe provas como e-mails da SulAmérica.
Existem ações coletivas contra a SulAmérica por esse descredenciamento?
Sim, grupos como IDEC podem coordenar – participe para fortalecer o caso.
Isso afeta planos coletivos ou só individuais?
Ambos, mas coletivos têm cláusulas extras; revise seu contrato.
Posso pagar particular no Einstein e pedir reembolso depois?
Se for urgente e sem equivalente, sim – a operadora responde solidariamente (artigo 25, CDC).
Qual o prazo para entrar na Justiça?
Para liminar, quanto antes; ações como essa duram em média 12 a 18 meses, e quanto antes entrar, melhor.
Que provas preciso para uma ação?
Pagamentos antigos, atendimentos no Einstein, marketing da operadora e notificação do descredenciamento.
E se a SulAmérica ignorar uma decisão judicial?
Multa diária aplica (artigo 537, CPC) – avise o juiz.
Dependentes e familiares são afetados?
Sim, o impacto é para todos no plano – inclua-os na ação.
Como fico por dentro de novidades da ANS sobre isso?
Acompanhe o site ou app da ANS; procure resoluções como a RN 585/2023.
Vale consultar um advogado especializado em planos de saúde?
Absolutamente – eles analisam seu caso e aumentam suas chances de vitória.
O que fazer se não conseguir uma liminar na ação judicial?
Se não conseguir a liminar, você ainda tem boas chances de a ação ser julgada procedente no final, mas durante o período (que dura em média 12 a 18 meses), avalie a portabilidade de carências para migrar para outro plano. Enquanto aguarda o julgamento, utilize a rede credenciada sem problemas – só não poderá usar o Einstein sem liminar.

Leo Rosenbaum

Leo Rosenbaum

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