
A proteção dos consumidores contra fraudes financeiras tem ganhado destaque nos tribunais brasileiros, especialmente em casos que envolvem a responsabilidade do banco por falha de segurança.
Um exemplo recente e relevante é a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que confirmou a responsabilidade de uma instituição bancária por falhas em seu sistema de segurança após um golpe conhecido como golpe do presente de aniversário.
Este caso, amplamente discutido na matéria publicada pelo site Migalhas, destaca a importância de medidas eficazes de segurança por parte das instituições financeiras e a necessidade de proteção aos consumidores.
A participação de Léo Rosenbaum, sócio-fundador do escritório Rosenbaum Advogados, na matéria reforça a relevância da especialização em golpes financeiros.
O caso do golpe do presente de aniversário
No centro da decisão do TJ-SP está uma cliente que foi vítima de um esquema fraudulento. A vítima recebeu uma mensagem telefônica, supostamente de um representante da empresa Kopenhagen, informando sobre o envio de um presente de aniversário.
Para receber o presente, era necessário pagar um valor referente ao frete.
Durante a suposta entrega, ao digitar a senha em uma maquininha, a cliente percebeu que o entregador manipulou o equipamento. Pouco tempo depois, ela foi notificada sobre compras indevidas realizadas com seu cartão de crédito, totalizando um prejuízo de mais de R$ 218 mil.
O TJ-SP, ao analisar o caso, determinou que o banco tinha a obrigação de identificar transações atípicas e impedir que elas fossem realizadas. A autorização de operações sequenciais, de alto valor e destinadas ao mesmo favorecido, foi considerada uma clara indicação de falha na segurança bancária.
A Turma I do Núcleo de Justiça 4.0 do TJ-SP manteve a condenação da instituição financeira, reforçando que os bancos devem monitorar as movimentações dos clientes e agir para prevenir fraudes.
A responsabilidade do banco por falha de segurança
A decisão do TJ-SP reforça um entendimento cada vez mais consolidado na jurisprudência brasileira: as instituições financeiras têm a responsabilidade objetiva de proteger seus clientes contra fraudes, especialmente quando há indícios claros de transações atípicas.
No caso em questão, a autorização de múltiplas transações de alto valor para o mesmo destinatário foi considerada um sinal evidente de irregularidade, que deveria ter sido detectado e impedido pelo banco.
Esse entendimento não é isolado. Em outro caso julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), também foi reconhecida a responsabilidade objetiva de um banco por não impedir transações fraudulentas realizadas por estelionatários.
O STJ determinou que o banco deveria restituir o valor desviado e declarou inexigível um empréstimo feito em nome de clientes idosos que foram vítimas do golpe. A corte destacou que as instituições financeiras têm o dever de identificar movimentações que não condizem com o histórico de transações da conta do cliente.
Além do caso do TJ-SP e do precedente do STJ, outras decisões judiciais reforçam a responsabilidade dos bancos em casos de fraudes. Por exemplo, a 13ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, em um caso relatado em TJSP Notícias, condenou um banco a indenizar uma cliente vítima de fraudes devido a falhas na segurança do sistema.
A reparação por danos morais foi fixada em R$10 mil, além do ressarcimento de danos materiais estimados em mais de R$8.4 mil. Esses casos demonstram que a responsabilidade do banco por falha de segurança é um tema recorrente na justiça brasileira.

A participação de Léo Rosenbaum na matéria
A matéria publicada no site Migalhas não apenas relatou os detalhes do caso, mas também contou com a participação especial do advogado Léo Rosenbaum, sócio-fundador do escritório Rosenbaum Advogados.
Como especialista em golpes financeiros, Léo Rosenbaum contribuiu com sua expertise para elucidar os aspectos jurídicos da decisão do TJ-SP. Sua participação na matéria destaca a importância de profissionais especializados em direito consumerista e fraudes bancárias para orientar consumidores afetados por esse tipo de crime.
“A decisão unânime do TJSP reforça que os bancos têm o dever de adotar mecanismos eficazes de segurança e monitoramento para prevenir transações atípicas, mesmo em golpes praticados fora de suas dependências, sob pena de responderem pelos prejuízos causados aos consumidores”.
Léo Rosenbaum
Sua contribuição reforça a relevância do escritório Rosenbaum Advogados na área de golpes financeiros. Com anos de experiência em casos semelhantes, o escritório tem auxiliado clientes a navegar pelas complexidades legais envolvidas em disputas com instituições financeiras, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e seus direitos protegidos.
O papel das instituições financeiras na prevenção de fraudes
A decisão do TJ-SP e outros precedentes, como o do STJ, destacam o papel crucial das instituições financeiras na prevenção de fraudes.
Os bancos não podem se limitar a processar transações; eles têm a obrigação de implementar medidas de segurança robustas, como sistemas de monitoramento que identifiquem movimentações atípicas. Isso inclui a análise do histórico de transações do cliente e a interrupção de operações que destoem do perfil normal de uso da conta.
Além disso, é importante que os bancos eduquem seus clientes sobre as práticas de segurança, como a não divulgação de senhas e a verificação constante das movimentações em suas contas.
No entanto, a responsabilidade principal recai sobre as instituições financeiras, que detêm os meios técnicos e legais para prevenir fraudes. A falha em adotar essas medidas pode resultar em condenações judiciais, como no caso do golpe do presente de aniversário.
O monitoramento de transações é uma ferramenta essencial para a prevenção de fraudes. Bancos devem utilizar tecnologias avançadas, como inteligência artificial e análise de dados, para identificar padrões suspeitos. Por exemplo, transações de alto valor realizadas em sequência ou destinadas a um único favorecido, como no caso do TJ-SP, são sinais claros de possível fraude.
A ausência de ação por parte do banco nesses casos pode ser interpretada como negligência, levando à responsabilização judicial.
Como os consumidores podem se proteger?
Os consumidores também têm um papel importante na prevenção de fraudes. Algumas medidas simples podem ajudar a evitar cair em golpes como o do presente de aniversário:
- Verificar a origem de mensagens: desconfie de mensagens ou ligações que oferecem presentes ou promoções inesperadas.
- Proteger dados pessoais: nunca forneça senhas ou informações de cartão em situações não verificadas.
- Monitorar transações: acompanhe regularmente as movimentações em sua conta bancária e reporte imediatamente qualquer atividade suspeita.
- Buscar orientação jurídica: em caso de fraude, procure um advogado especializado em direito consumerista para avaliar suas opções.
Diante do aumento dos golpes financeiros, a especialização em direito consumerista e em casos de fraudes bancárias torna-se essencial. O escritório Rosenbaum Advogados, com Léo Rosenbaum à frente, é reconhecido por sua expertise nessa área. O escritório tem atuado em diversos casos semelhantes, ajudando clientes a recuperar seus direitos e a obter reparação pelos prejuízos sofridos.
A atuação de especialistas como Léo Rosenbaum é fundamental para que os consumidores possam entender suas opções legais e tomar as medidas necessárias para se protegerem. Em um cenário onde os golpes financeiros se tornam cada vez mais sofisticados, ter um advogado especializado ao seu lado pode fazer toda a diferença.
A decisão do TJ-SP sobre o caso do golpe do presente de aniversário é um importante passo na proteção dos consumidores contra fraudes financeiras. Ela reforça que as instituições financeiras não podem se eximir de sua responsabilidade em prevenir transações fraudulentas, especialmente quando há indícios claros de irregularidades.
A responsabilidade do banco por falha de segurança é um tema central nesse contexto, e decisões como essa fortalecem a confiança dos consumidores no sistema judicial.
Para os consumidores, o caso serve como um alerta sobre a importância de monitorar atentamente as movimentações em suas contas e buscar orientação jurídica especializada quando necessário. Se você deseja saber mais sobre este caso ou sobre como se proteger contra golpes financeiros, leia a matéria completa no site Migalhas.