De acordo com a análise de especialistas, com o desenvolvimento da tecnologia, surgiram alguns fatores que podem contribuir para um aumento considerável no número de golpes digitais em 2023.
Previsões das principais empresas de segurança digital, como a Avast e CheckPoint Software, apontam para um aprimoramento das técnicas já utilizadas em cibercrimes e também a implementação de novas tecnologias, como o deepfake, por exemplo.
Siga na leitura e conheça esses fatores de risco.
O que pode favorecer os golpes digitais em 2023?
1. Ransomware
O ransomware é um tipo de malware que possibilita o sequestro de dados.
Geralmente, sequestra-se o computador inteiro, que tem o sistema bloqueado e seus arquivos criptografados, impossibilitando o acesso pelo próprio dono ou usuário daquele dispositivo.
Essa técnica é utilizada para extorsão da vítima, que é obrigada a pagar um valor em dinheiro (preferencialmente moedas virtuais, como o bitcoin, por exemplo) para recuperar o acesso aos dados do computador.
A expectativa para 2023 é que o número de ataques via ransomware cresça e que os criminosos exijam quantias de dinheiro cada vez maiores para não roubar, apagar, vender ou vazar os dados das vítimas.
“Os ataques de ransomware já são o pesadelo das pessoas e das empresas. Este ano, vimos cibergangues ameaçando vazar publicamente os dados de seus alvos se o resgate não fosse pago e a expectativa é que essa tendência só cresça em 2023”, afirma Michal Salat, Diretor de Inteligência de Ameaças da Avast.
2. 5G
O 5G já foi alvo de muitas especulações absurdas e inúmeras teorias da conspiração. No entanto, embora nem tudo que nós lemos na internet sobre essa tecnologia seja verdade, existem sim alguns riscos.
A chegada do 5G implica em uma grande quantidade de pontos de roteamento, que podem ser acessados por hackers. Além disso, devido a onda de hiperconectividade, os cibercriminosos ganham mais oportunidades para atacar.
Como o 5G ainda está sendo implementado, espera-se um grande volume de golpes digitais em 2023.
3. Hacktivismo
Hacktivismo é o uso do hack em função da defesa de uma questão política, social, ideológica, etc.
Dentro dele, existem tanto grupos independentes, como o Anonymous (que é bem conhecido nas redes sociais), quanto grupos com mais estrutura e organização, que chegam até a contar com apoio do Estado.
Um exemplo da ação do hacktivismo foi o vazamento de conversas do Telegram nas quais o ex-juiz Sergio Moro falava com procuradores da Operação Lava Jato, em 2019.
De acordo com a CheckPoint, esses ataques devem crescer em 2023.
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4. Deepfake
Deepfake é o uso da Inteligência Artificial para trocar o rosto de pessoas em vídeos, sincronizar movimentos labiais e expressões. Além disso, a tecnologia também pode ser utilizada em imagens.
Recentemente, o assunto causou uma grande confusão no Twitter após o streamer Brandon “Atrioc” Ewing divulgar, durante uma de suas lives, um site que usa a tecnologia para criar imagens pornográficas de streamers mundialmente famosas e vendê-las (sem autorização).
Posteriormente, Atrioc se desculpou em um vídeo onde aparece chorando ao lado de sua esposa e afirmou que clicou no anúncio por acidente.
Mas esse é apenas um dos males que o deepfake é capaz de trazer.
Especialistas da CheckPoint Software alertam que a tecnologia pode ser utilizada para disseminar fake news e manipular discursos por motivos políticos ou ideológicos.
Além disso, se utilizada em conjunto com táticas de engenharia social, a tecnologia pode ser utilizada para manipular funcionários de grandes empresas e convencê-los a fornecer dados e credenciais de acesso.
E, infelizmente, em 2023 devemos conhecer mais efeitos negativos desta poderosa ferramenta.
5. Engenharia social
Engenharia social é uma tática em que criminosos convencem uma pessoa a fornecer dados e informações confidenciais. Alguns dos golpes em que essa técnica é empregada são: golpe do delivery, golpe do motoboy, clonagem de celular, golpe do WhatsApp, entre todos.
Cibercrimes como esses já são conhecidos, mas segundo a Trend Micro e a Avast, eles devem aumentar em 2023.
A tendência é que as técnicas de phishing e engenharia social sejam adaptadas para explorar novas tecnologias e oportunidades, o que aumenta o risco, por exemplo, para empresas que têm funcionários em home-office ou em modelo híbrido e também pessoas que fazem compras e investimentos online.
Ademais, segundo a Avast, o risco está em todo lugar: os golpes digitais em 2023 irão chegar pela caixa de entrada, por aplicativos de mensagem, por SMS e por telefone.
Por isso, é fundamental se prevenir.
Todos devem se preparar
A sofisticação do cibercrime vem com força neste ano e, por isso, é necessário estar ainda mais atento para tentativas de golpes digitais em 2023.
Essas práticas já se tornaram uma “profissão” e diversos grupos de hackers têm se unido através da dark web para compartilhar informações, técnicas e até mesmo comercializar malwares que podem ser adquiridos por qualquer um.
Somado a isso, como ressalta Salat, temos as dificuldades econômicas que estão afetando o mundo inteiro e podem levar mais e mais pessoas a procurar alternativas na internet e acabar cruzando com um desses malwares.
A Avast já encontrou indícios de funcionários que são recrutados por cibercriminosos para realizar ataques e instalar malwares nos dispositivos de seus empregadores em troca de uma quantia em dinheiro.
“Não apenas veremos mais atividades maliciosas graças ao software como serviço, à distribuição de software para realizar ataques DDoS e ao malware de código aberto facilmente acessível, mas também isso pode ser um trampolim para uma carreira como cibercriminoso”, disse Salat.
Por isso, é importante se informar sobre essas práticas criminosas e tomar muito cuidado na internet.
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