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A crescente judicialização contra companhias aéreas no Brasil: um debate necessário

Direito Aéreo, Imprensa, Notícias
Passageira desamparada após problema com voo.
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Redação

julho 2, 2025

A judicialização contra companhias aéreas se tornou um tema central no debate sobre o setor aéreo brasileiro, gerando discussões acaloradas entre associações, empresas e especialistas em direitos do consumidor.

Recentemente, o advogado Léo Rosenbaum, referência em direitos do passageiro aéreo, foi destaque em uma matéria da CNN Brasil que aprofundou as razões e as consequências desse fenômeno.

O aumento expressivo no número de processos judiciais, que representam um custo bilionário para as empresas, acende um alerta sobre a sustentabilidade do setor e, principalmente, sobre a experiência do consumidor. Este cenário complexo envolve desde a atuação de empresas de captação de clientes até a necessidade de maior clareza sobre os direitos do passageiro.

O cenário da judicialização no setor aéreo

O Brasil se destaca negativamente nas estatísticas globais. Enquanto aqui se registra quase um processo para cada dois voos, em mercados como os Estados Unidos a proporção é de uma ação a cada mais de 2.500 viagens. Essa disparidade levanta questionamentos sobre as causas dessa litigiosidade.

As companhias aéreas apontam para o que chamam de “indústria da indenização”, impulsionada por uma busca ativa por passageiros que enfrentaram problemas como voo atrasado ou voo cancelado.

Por outro lado, especialistas na defesa do consumidor argumentam que o volume de ações é um reflexo direto da qualidade do serviço prestado e do desrespeito frequente às normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A visão do especialista Léo Rosenbaum na CNN Brasil

Convidado a comentar o assunto, Léo Rosenbaum ofereceu uma perspectiva de quem atua diariamente na defesa dos passageiros. Ele rejeita a generalização de que a judicialização é excessiva e destaca a importância de diferenciar a atuação de escritórios sérios e a de empresas que focam na captação em massa de causas, um modelo que, segundo ele, cresceu com a digitalização.

Rosenbaum pontua que, embora o ritmo de crescimento de novas ações tenha diminuído, os problemas enfrentados pelos consumidores persistem.

“Os problemas dos consumidores continuam frequentes, mas as decisões judiciais têm reduzido valores de indenizações e exigido mais provas.”

Léo Rosenbaum

Ele também ressalta que o próprio Poder Judiciário tem se tornado mais rigoroso, exigindo mais documentos e a realização de audiências, o que impacta o andamento dos processos. Para ele, a solução não está em culpar o consumidor que busca reparação, mas em analisar a raiz do problema: as falhas na prestação do serviço.

O advogado especialista Léo Rosenbaum analisa o cenário da judicialização contra companhias aéreas em matéria para a CNN Brasil.

Entendendo a judicialização contra companhias aéreas

A judicialização nada mais é do que a busca pelo Poder Judiciário para resolver um conflito. No contexto aéreo, ela ocorre quando um passageiro, sentindo-se lesado por problemas como extravio de bagagem, overbooking ou cancelamentos sem a devida assistência, decide processar a companhia aérea para obter uma indenização por danos morais ou materiais.

O debate atual não questiona o direito do consumidor de buscar a Justiça, mas sim a forma como isso tem sido feito e os incentivos que existem para tal.

Um dos pontos mais sensíveis da discussão é a chamada advocacia predatória. O termo é usado pelas companhias para descrever a atuação de empresas que, por meio de anúncios e tecnologia, captam clientes em escala industrial, muitas vezes transformando a busca por reparação em um modelo de negócio.

Léo Rosenbaum faz uma distinção clara sobre esse ponto:

“Atuamos dentro dos limites do que a OAB permite.”

Léo Rosenbaum

Essa fala destaca a existência de diferentes modelos de atuação no mercado, sendo fundamental que o consumidor saiba diferenciar um trabalho sério e ético de uma abordagem puramente comercial. A discussão sobre a relação de consumo no setor aéreo é complexa e exige uma análise cuidadosa de todos os fatores envolvidos.

Os direitos do passageiro e a falta de assistência

Apesar do foco na judicialização, um ponto crucial levantado por especialistas é a contínua falha das companhias aéreas em prestar a assistência material prevista pela ANAC.

Passageira aguardando informações em aeroporto devido a voo cancelado, exemplificando a falta de assistência e a violação dos direitos do passageiro.

Em casos de atrasos e cancelamentos, os passageiros têm direito à comunicação, alimentação e, dependendo do tempo de espera, acomodação. O descumprimento dessas obrigações é, frequentemente, o estopim para uma nova ação judicial.

A busca por uma indenização muitas vezes começa com a sensação de abandono e desrespeito no aeroporto.

O futuro do setor e a importância da informação

O aumento dos custos com processos judiciais inevitavelmente impacta o preço das passagens aéreas, afetando todos os consumidores. A solução para esse impasse parece estar em um equilíbrio entre a melhoria dos serviços prestados pelas companhias e uma maior clareza regulatória. A padronização de procedimentos e a oferta de canais de resolução de conflitos mais eficientes poderiam reduzir a necessidade de recorrer à Justiça.

A matéria da CNN Brasil lança luz sobre um debate fundamental para o futuro da aviação no país. As falas de Léo Rosenbaum contribuem para uma visão mais equilibrada, mostrando que, por trás dos números, existem consumidores com problemas reais e direitos que precisam ser respeitados.

Para entender todos os detalhes e nuances desta complexa discussão, convidamos você a ler a matéria completa no site da CNN Brasil, que explora a fundo os dados e as diferentes perspectivas sobre a judicialização no setor aéreo.

É inegável que, diante de um problema com uma companhia aérea, a orientação correta faz toda a diferença. Contar com o suporte de um advogado especializado no assunto é o caminho mais seguro para garantir que os direitos do consumidor sejam plenamente compreendidos e defendidos, assegurando uma análise justa e técnica de cada caso, sem estimular o litígio, mas garantindo que a justiça seja alcançada quando necessária.

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