Direito à Saúde

Pulsoterapia: tudo o que você precisa saber sobre esse procedimento

O que é a pulsoterapia?

A pulsoterapia é um procedimento no qual o paciente recebe medicamentos como corticoides, por exemplo, através de sessões endovenosas, durante um período de três a cinco dias.

Esse tratamento costuma ser utilizado quando o paciente está em crise e ajuda a reduzir a inflamação causada por doenças autoimunes.

Para quem esse tratamento é indicado?

A pulsoterapia é utilizada para tratar diversas doenças autoimunes como, por exemplo:

  • Lúpus;
  • artrite reumatoide;
  • esclerose múltipla;
  • doença de devic;
  • neurite óptica.

Como a pulsoterapia funciona?

O tratamento consiste na administração de altas doses de um determinado medicamento durante um curto período de tempo. Para isso, o profissional de saúde deve cateterizar a veia periférica do membro superior do paciente e aplicar a infusão.

Geralmente, o corticoide utilizado na pulsoterapia é o Solu-Medrol® (metilprednisolona) e, após o procedimento, o paciente continua tomando corticoides via oral por cerca de cinco dias, reduzindo a dose gradualmente até a suspensão total.

Cuidados antes do tratamento

Antes de iniciar a pulsoterapia, é fundamental averiguar se o paciente possui alguma infecção ativa. Se for comprovado o quadro infeccioso, é necessário tratá-lo antes de iniciar o procedimento.

Isso é necessário pois, em algumas situações, os sintomas que o paciente está demonstrando não se tratam de uma crise, mas apenas de uma simulação do surto provocada pela infecção ativa.

Assim sendo, antes do tratamento o paciente deve fazer exames como:

  • hemograma completo;
  • EAS;
  • urinocultura.

Além disso, o paciente também deve utilizar um vermífugo para a prevenção de verminoses.

Cuidados durante o tratamento

Visto que o uso de corticoide pode causar algumas reações, existem alguns cuidados essenciais durante a pulsoterapia. Os principais são:

É imprescindível que o paciente siga as recomendações médicas antes, durante e após o tratamento. | Imagem: Unsplash (@nci)
  • optar por uma dieta com pouco sal para evitar a retenção de líquidos e edema;
  • fazer a reposição de potássio através da dieta alimentar e/ou uso de medicamentos;
  • evitar alimentos rico em açúcar para combater a alta nos valores da glicose no sangue;
  • utilizar medicamentos para proteção da mucosa gástrica para evitar gastrite e úlcera gástrica.

Cuidados após o tratamento

Os cuidados após o tratamento costumam variar de acordo com a melhora do paciente e os sintomas apresentados durante o procedimento.

Geralmente, recomenda-se que o paciente descanse e beba muito líquido. Ademais, é necessário evitar exageros alimentares.

Efeitos colaterais do tratamento

É possível que, durante a infusão do corticoide, o paciente apresente alguns efeitos colaterais como:

  • gosto de metal na boca;
  • sonolência;
  • agitação;
  • insônia;
  • suor frio;
  • aumento da frequência cardíaca;
  • aumento da pressão arterial.

Em todo caso, o paciente deve relatar os efeitos da pulsoterapia ao profissional de saúde responsável pela infusão. Dessa forma, o médico pode adaptar a dosagem de acordo com a reação do paciente.

O plano de saúde cobre a pulsoterapia?

Sim. Para conseguir o custeio, basta que o paciente apresente a recomendação médica indicando sua necessidade. Esse procedimento faz parte do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e, por isso, sua cobertura é obrigatória.

E se o plano de saúde não autorizar?

Infelizmente, a falta de autorização da pulsoterapia não é uma prática incomum. Existem até mesmo casos em que a operadora faz a exclusão contratual desse procedimento.

No entanto, essa situação é abusiva e pode ser revertida através de uma ação judicial.

O médico é responsável por definir o tratamento mais adequado ao caso do paciente e a operadora não pode interferir nessa decisão. Por isso, a exclusão de procedimentos prejudica o beneficiário e coloca sua saúde em risco.

Como entrar na justiça?

Para ajuizar a ação, é recomendável buscar a orientação de um especialista. Além disso, o paciente deve reunir alguns documentos:

  • a recomendação médica do tratamento com pulsoterapia;
  • a falta de cobertura por escrito (ou então o protocolo de atendimento caso a recusa tenha sido informada por ligação);
  • comprovantes de pagamento (caso o paciente tenha sido obrigado a arcar com as próprias despesas) para solicitar reembolso;
  • o comprovante de residência;
  • a carteirinha do plano de saúde;
  • o contrato com o plano de saúde (se possível);
  • cópias do RG e do CPF;
  • comprovantes de pagamentos das mensalidades (geralmente as duas últimas).

Nosso escritório tem vasta experiência em falta de autorização de pulsoterapia pelo plano e o contato pode ser feito através do formulário no site, WhatsApp ou pelo telefone (11) 3181-5581. O envio de documentos é totalmente digital.

Imagem em destaque: Unsplash (@marceloleal80)

Redação

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