Como se preparar financeiramente para pagar um cuidador

A demanda por cuidados domiciliares vem crescendo e, em muitos casos, os serviços de um cuidador são o único tratamento viável para a manutenção da saúde do paciente.

E, embora amigos e familiares possam realizar treinamentos e assumir os cuidados em algumas situações, é fato que cuidar de outra pessoa em tempo integral durante todos os dias da semana compromete a rotina.

Por isso, um cuidador profissional costuma ser a solução perfeita.

No entanto, muitas pessoas não consideram que contratar um cuidador ou uma empresa especializada em home care pode ter um impacto significativo nas finanças, devido aos altos custos envolvidos.

Sabendo disso, a coluna e-investidor do Estadão convidou o advogado Léo Rosenbaum, que é especialista em Direito à Saúde, e alguns outros profissionais para explicar a importância do planejamento financeiro para lidar com essa necessidade.

Confira a publicação!

Como se preparar financeiramente para contratar um cuidador

Confira um passo-a-passo resumido das dicas que esses profissionais deram ao Estadão:

1. Entenda suas finanças

O primeiro passo de um bom planejamento financeiro é sempre a análise da sua situação.
Identifique suas despesas obrigatórias e não obrigatórias e, com base nessas informações, calcule o quanto é possível investir ou guardar para o serviço de home care.
Lembre-se que guardar dinheiro é um hábito e não algo que fazemos de uma vez. Então, de tempo em tempo, pode ser necessário refazer essa análise das finanças conforme elas vão passando por mudanças.

2. Tenha uma reserva de emergência

Manter um fundo para lidar com imprevistos como problemas de saúde é sempre importante. Nesse caso, é aconselhável aplicar o dinheiro em investimentos de baixo risco e alta liquidez, para não ter dificuldades na hora de acessar os valores.
Mas, em todo caso, o ideal é estudar ativos financeiros e escolher aquele mais adequado para as suas necessidades.
No artigo da e-investidor, os especialistas recomendam algumas opções que garantem a rentabilidade e a disponibilidade dos recursos no momento necessário. Por isso, não deixe de conferir a matéria na íntegra.

3. Inclua sua família nas contas

Saúde é uma questão delicada e ninguém está 100% livre de enfrentar problemas.
Por isso, uma reserva de emergência para saúde também precisa incluir nossos entes queridos, garantindo assim a segurança de todos.

4. Considere serviços de saúde

Um bom seguro de vida e um plano de saúde podem ajudar a conter as despesas diante de imprevistos e até mesmo assegurar a cobertura das despesas de um cuidador diante de doenças ou de quadros de invalidez.
“Essas despesas incluem o custeio da equipe multidisciplinar, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutrólogos. Exames, medicamentos, fraldas, gases medicinais, remoção do paciente, nutrição (no caso de dietas administradas via gastrostomia ou parenteral), oxigênio, cama hospitalar, cadeira de rodas e outros itens que seriam igualmente cobertos se o paciente estivesse em um ambiente hospitalar”, afirma Léo Rosenbaum.

5. Poupe a saúde

Além da saúde financeira, é crucial cuidar da saúde física e buscar manter boas práticas, como fazer atividade física regular e ter uma alimentação saudável.
Hábitos saudáveis ajudam a prevenir problemas e a tratar enfermidades que já existem, reduzindo também as despesas com saúde.

E se o plano de saúde se negar a cobrir as despesas do cuidador?

Nesse caso, o beneficiário deve questionar o motivo da negativa de cobertura e, caso acredite que seus direitos estão sendo violados pelo plano de saúde, pode ser necessário acionar os órgãos de defesa ao consumidor.

Em último caso, também é possível recorrer à Justiça e entrar com uma ação contra o plano de saúde para conseguir a cobertura do cuidador.

Para ajuizar a ação, é recomendável buscar a orientação de um advogado especialista em Direito à Saúde e Direitos do Consumidor. Além disso, o paciente deve reunir alguns documentos:

  • a prescrição médica e o relatório médico demonstrando que o tratamento domiciliar é o mais indicado para o seu caso, justificado através de estudos científicos (quanto mais detalhes o médico incluir no relatório, melhor);
  • a negativa de cobertura por escrito (ou então o protocolo de atendimento caso a recusa tenha sido informada por ligação);
  • comprovantes de pagamento (caso o paciente tenha sido obrigado a arcar com as próprias despesas) para solicitar reembolso;
  • o comprovante de residência;
  • a carteirinha do plano de saúde;
  • o contrato com o plano de saúde (se possível);
  • cópias do RG e do CPF;
  • comprovantes de pagamentos das mensalidades (geralmente as duas últimas).

O Escritório Rosenbaum Advogados tem vasta experiência no setor de Direito à Saúde e Direitos do Consumidor. O contato pode ser feito através do formulário no site, WhatsApp ou pelo telefone (11) 3181-5581.

Todo o envio dos documentos e os trâmites do processo são feitos de forma digital, sem necessidade da presença do cliente.

Redação

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