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Censo 2022: entenda a importância de participar

Veja quais são as perguntas das pesquisas coletadas pelo Censo 2022 e entenda qual a importância de participar desse estudo.

16 de setembro de 2022 - Atualizado 16/09/2022

Programado para acontecer em 2020, o Censo está sendo realizado com dois anos de atraso em razão da pandemia de covid-19 e de cortes orçamentários.

Diante disso, os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deram início à coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022 no início do mês de agosto.

Vale ressaltar que a pesquisa tem como objetivo colher informações da população nos 5.570 municípios do país, incluindo aldeias indígenas e territórios quilombolas.

Nessa via, entenda como funciona o Censo 22 e saiba qual a importância desse estudo para o país.

O que é o Censo?

O Censo é um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada 10 anos, com o intuito de entender o perfil socioeconômico do país.

Nesse sentido, a pesquisa visa obter dados sobre as características dos moradores – idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda, saneamento básico dos domicílios, entre outras informações.

Por que fazer o Censo Demográfico?

O Censo 2022 tem como principal missão auxiliar a população e os poderes públicos a conhecerem melhor o Brasil.

Isso porque, os resultados do estudo refletem a realidade brasileira e fornecem o retrato do país num determinado período de tempo.

Diante disso, os dados apurados pela pesquisa do IBGE podem contribuir para que o poder público consiga obter informações que ajudem a direcionar programas e projetos, entre elas, o Estado consegue:

  • acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução das características da população ao longo do tempo;
  • identificar áreas de investimentos prioritários em saúde, educação, habitação, transportes, energia e programas de assistência a crianças, jovens e idosos;
  • selecionar locais que necessitam de programas de estímulo ao desenvolvimento socioeconômico;
  • fornecer referências para as projeções populacionais com base nas quais é definida a representação política no país, indicando o número de deputados federais, deputados estaduais e vereadores de cada estado e município;
  • fornecer subsídios ao Tribunal de Contas da União para o estabelecimento das cotas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios.

Ademais, a sociedade também pode fazer uso dos resultados apresentados pelo Censo, como por exemplo:

  • na seleção de locais para a instalação de fábricas, supermercados, escolas, creches, cinemas, restaurantes e demais empreendimentos;
  • na análise do perfil da mão-de-obra brasileira, instrumento fundamental para sindicatos, associações profissionais e entidades de classe;
  • na análise acadêmica do perfil sociodemográfico e econômico da população;
  • na reivindicação dos cidadãos por maior atenção do governo municipal ou estadual para problemas específicos, como expansão da rede de água, de esgoto, telefônica e acesso à internet.

Como será realizado o Censo 2022?

A pesquisa deste ano deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada primeiro por causa da pandemia e depois por falta de recursos.

Assim, este ano os recenseadores do IBGE visitarão 89 milhões de endereços, incluindo aldeias indígenas e, pela primeira vez, os moradores de territórios quilombolas também serão contabilizados.

Vale destacar que a expectativa é que os primeiros resultados do Censo 2022 sejam divulgados ainda no final deste ano. Já as demais análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.

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Quem pode responder o questionário?

Segundo o IBGE, qualquer morador acima de 12 anos, capaz de fornecer as informações, pode responder ao recenseador por todos os demais moradores do domicílio.

Isso porque a pesquisa deve ser respondida por apenas uma pessoa do domicílio, que falará por todos os demais residentes. 

O IBGE solicita os dados da pessoa que prestou as informações, como nome, telefone, e-mail e CPF.

Quais são as perguntas do Censo 2022?

​​Para a coleta deste ano, serão aplicados dois tipos de questionários: o básico e o da amostra.

O questionário básico contém 26 perguntas, leva em torno de cinco minutos para ser respondido e traz os seguintes blocos de perguntas:

  • identificação do domicílio;
  • informações sobre moradores;
  • características do domicílio;
  • identificação étnico-racial;
  • registro civil;
  • educação;
  • rendimento do responsável pelo domicílio;
  • mortalidade.

Já o questionário da amostra possui 77 perguntas, será respondido por apenas 11% dos domicílios e leva cerca de 16 minutos para ser concluído. Nele, além dos blocos contidos no questionário básico, são investigados os seguintes itens:

  • trabalho;
  • rendimento;
  • nupcialidade;
  • núcleo familiar;
  • fecundidade;
  • religião ou culto;
  • pessoas com deficiência;
  • migração interna e internacional;
  • deslocamento para estudo;
  • deslocamento para trabalho e autismo.

Além desses, existe o questionário de abordagem indígena, que só será aplicado para pessoas que vivem em comunidades indígenas, e aborda os seguintes temas: 

  • identificação do informante;
  • aldeia/comunidade;
  • infraestrutura da aldeia;
  • educação;
  • saúde;
  • hábitos e práticas do dia a dia.

Vale destacar que a seleção de quem deverá responder o questionário da amostra ampliado é aleatória e feita automaticamente no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) do recenseador.

Ou seja, não tem como saber qual questionário será aplicado antes de o recenseador iniciar a coleta dos dados.

É possível responder o Censo 2022 pela internet?

Sim. O Censo 2022 pode ser respondido presencialmente, por telefone ou pela internet. Contudo o IBGE dá preferência para as respostas presenciais.

Dessa forma, durante a visita do recenseador, é possível escolher responder pela internet ou telefone, se quiser. Ao optar por uma dessas opções, será gerado um e-ticket que te concede até sete dias para responder à pesquisa.

Além disso, em situações em que o recenseador não conseguir contato com o morador em todas as tentativas previstas, será encaminhado à residência uma notificação por carta, contendo um e-ticket, uma espécie de código válido por 10 dias para o preenchimento da pesquisa pela internet. 

Caso a pesquisa online não seja finalizada, o morador será contatado via telefone. Em caso de dúvidas sobre o preenchimento, também é possível ligar para o Centro de Apoio ao Censo, no número 0800-721-8181

As informações coletadas pelo Censo são confidenciais?

Sim. Conforme consta no parágrafo único da Lei nº 5.534, as respostas ao questionário do Censo 2022 são de caráter sigiloso e  utilizadas exclusivamente para fins estatísticos.

Dessa maneira, em nenhuma hipótese as informações prestadas poderão ser vistas por pessoas que não fazem parte do serviço censitário. 

Se constatado algum vazamento de informações, os responsáveis pela violação do sigilo censitário serão punidos com demissão sumária e ficarão sujeitos a processo criminal.

Sou obrigado a responder a pesquisa do Censo 2022?

Sim. Essa determinação consta no art˚ 1, da  Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, que dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação de informações estatísticas e dá outras providências.

  • Art. 1º – Toda pessoa natural ou jurídica de direito público ou de direito privado que esteja sob a jurisdição da lei brasileira é obrigada a prestar as informações solicitadas pela Fundação IBGE para a execução do Plano Nacional de Estatística (Decreto-Lei no 161, de 13 de fevereiro de 1967, Art. 2º, § 2º).

O que acontece a quem se negar a responder o Censo 2022?

Responder ao IBGE é uma obrigação legal de todo brasileiro e quem se negar a passar as informações solicitadas pode ser multado.

Contudo, há um procedimento a ser seguido. Em primeiro lugar, caso o cidadão se recuse a atender o recenseador, ele recebe uma notificação. Se insistir na recusa, poderá ser multado em até 10 vezes o valor do salário mínimo.

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Todos os recenseadores devem estar devidamente uniformizados para garantir a identificação desse profissional e a segurança de quem vai responder a pesquisa. | Fonte: IBGE

Como identificar o recenseador ou recenseadora?

Diante de tantos golpes e fake news, saber identificar o recenseador é de suma importância para garantir a sua segurança.

Por isso, o IBGE elencou algumas dicas para que você possa verificar se a pessoa que está se apresentando em nome do estudo é mesmo um recenseador ou recenseadora. Logo, fique atento, todos os profissionais devem:

  • usar um colete azul com a identificação do IBGE;
  • usar um boné com a identificação do IBGE;
  • portar o Dispositivo Móvel de Coleta, uma espécie de tablet;
  • estar com o crachá de identificação visível.

É importante ressaltar que o crachá deve conter foto, nome, função e número de matrícula do recenseador, além do telefone da Central de Apoio ao Censo e um QR Code que pode ser lido pela câmera do celular, com informações sobre o recenseador.

Por fim, no site do IBGE é possível acessar um sistema que auxilia na verificação da identidade do entrevistador.

Imagem em destaque: Freepik (drobotdean)

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