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De certo, o avanço tecnológico é muito benéfico para o desenvolvimento da sociedade, mas com ele também surgem problemas como as tentativas de fraude online.
Além disso, a pandemia de covid-19 gerou uma mudança no comportamento dos brasileiros, que passaram a adquirir muito mais bens e serviços online, o que resultou em um aumento de vítimas de golpes pela internet nos últimos tempos.
De acordo com a Pesquisa Global de Identidade e Fraude 2021, realizada pela Serasa Experian, os brasileiros sofreram, a cada 8 segundos, uma tentativa de fraude no primeiro semestre de 2021.
Diante desse cenário, conheça alguns dos golpes mais comuns da internet e saiba como evitar ser vítima dessas ações criminosas.
Nesse tipo de golpe, o que acontece é que os criminosos utilizam uma foto da vítima como imagem de perfil do aplicativo em uma conta falsa do WhatsApp.
Dessa forma, é criado um perfil idêntico ao do alvo e a única coisa que muda é o número de telefone.
A partir daí, os criminosos se passam pela vítima e solicitam dinheiro para amigos, familiares e conhecidos, inventando desculpas para justificar o número diferente ou a impossibilidade de atender a uma ligação ou mandar um áudio.
Há algumas dicas para evitar cair nesse golpe. Confira:
Caso você tenha sido vítima desse golpe, há algumas providências que podem ser tomadas:
Esse golpe é conhecido como phishing ou pescaria digital. Trata-se de uma fraude eletrônica que visa obter senhas e dados pessoais do usuário.
Nesse sentido, a maneira mais comum desses ataques ocorrerem é por mensagens enviadas por e-mails, SMS, aplicativos de conversa e pelas redes sociais, afirmando que uma conta está irregular, que alguma atualização de segurança deve ser feita, que precisa ser instalado algum aplicativo ou fazer o download de algum documento.
Com essa estratégia, os criminosos induzem a interação com aquele conteúdo, que acaba direcionando a pessoa para sites falsos com objetivo de obter informações pessoais da vítima.
Para evitar esse golpe, o mais importante é desconfiança e atenção. Para isso:
No caso de interagir com um link falso ou realizar um cadastro ou download nesses sites, informe seu banco e, se possível, leve seu dispositivo em alguma assistência para verificar a existência de arquivos, aplicativos e vírus maliciosos.
No golpe do WhatsApp, os golpistas descobrem o número do celular e o nome de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp.
Assim, munidos dessas informações, os fraudadores enviam uma mensagem para o WhatsApp da vítima, fingindo ser de algum serviço de atendimento, de um site de vendas ou de alguma empresa.
Após algumas trocas de mensagens, eles solicitam que a pessoa encaminhe o código de segurança do aplicativo que é enviado por SMS, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.
Porém, ao obterem esse código, os bandidos conseguem replicar a conta da vítima em outro celular, tendo acesso a todo o histórico de conversas.
Logo, os criminosos começam a enviar mensagens aos contatos da vítima, pedindo dinheiro emprestado.
Antes de mais nada, desconfie de qualquer pessoa que solicite dinheiro ou dados pessoais por aplicativos de mensagem.
Além disso, nunca compartilhe o código de verificação de aplicativos com ninguém.
Por fim, habilite a confirmação em duas etapas no WhatsApp. Para isso, acesse “configurações/ajustes” e depois clique em “conta”, escolha a opção “confirmação em duas etapas” e crie uma senha de 6 dígitos numéricos.
Assim que identificar que foi vítima desse golpe, tente cadastrar novamente a sua conta do WhatsApp.
Para isso, insira o número de telefone associado ao seu perfil do WhatsApp e aguarde o recebimento do código de seis dígitos que o app enviará por SMS para o seu celular.
Vale destacar que esse código serve para liberar o acesso da conta apenas a quem possuí-lo. Assim, ao inserir a combinação no aplicativo, a conexão do golpista será desconectada.
No mais, lembre-se de avisar seus conhecidos o mais rápido possível, assim, você ajuda a evitar que uma sequência do golpe ocorra.
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Aqui, os golpistas criam sites falsos de leilão para anunciar veículos.
Com a finalidade de conferir credibilidade ao site, os criminosos também disponibilizam informações como a documentação do veículo, o estado de conservação, além de outros benefícios para atrair pessoas interessadas na aquisição.
Porém, após “vencer” o falso leilão, a vítima recebe uma carta de arrematação, como ocorre em leilões verdadeiros, e uma ordem de pagamento que pode ser feita via boleto ou depósito em contas bancárias.
Consequentemente, os criminosos desaparecem após o pagamento e o golpe é finalizado.
Algumas dicas podem ser úteis para “ligar” o sinal de alerta nessas situações. Entre elas:
Caso tenha caído em um golpe assim, é preciso registrar um boletim de ocorrência, pois você foi vítima de estelionato, crime que está previsto no artigo 171 do Código Penal.
Nesses casos, a vítima recebe um boleto que pode chegar como uma correspondência ou em formato eletrônico, via mensagens de SMS, WhatsApp ou e-mail.
Na maioria das vezes, os boletos falsos são muito parecidos com os originais, o que induz o cliente a pagá-lo. No entanto, o valor é direcionado para a conta do fraudador ao invés do verdadeiro credor.
Antes de efetuar o pagamento, é preciso ter certeza que os dados do beneficiário estão completos.
Por isso, sempre verifique o CPF ou o CNPJ do emissor, a data de vencimento e o valor, dessa forma, você terá certeza que está pagando o documento correto.
Além disso, é possível checar se os três primeiros números do código de barras correspondem ao código do banco em questão.
É recomendado que a vítima entre em contato com a empresa ou banco que utilizou para pagar o boleto, informando o ocorrido.
Ademais, também deve-se registrar a ocorrência na delegacia, apresentando todas as provas da fraude. Dessa maneira, a polícia conseguirá investigar o caso e ir em busca dos estelionatários.
Por ser uma tecnologia recente, os criminosos se aproveitam da falta de conhecimento da população para praticar delitos com o PIX, conhecido como golpe do Pix.
Dentre as ações criminosas, a mais comum é aquela que envolve algum contato entre o golpista e a vítima. Mas há meios mais sofisticados, que envolvem programas de computador e invasões de dispositivos eletrônicos.
A principal prevenção em relação ao PIX é nunca realizar uma transferência esperando receber alguma compensação por isso e nem compartilhar sua chave PIX com desconhecidos.
No mais, vale a pena instalar no celular um antivírus e ficar atento ao receber mensagens e ligações que solicitem dados pessoais e senhas.
Se cair em um golpe do Pix, é possível proceder da seguinte forma:
Com o crescimento do e-commerce, os criminosos se utilizam dos negócios on-line para atrair vítimas por meio de uma oferta ou benefícios na compra.
Nesse tipo de golpe, o cliente pode ser prejudicado ao não receber a mercadoria comprada ou o vendedor por não receber o pagamento, que pode ser creditado diretamente para a conta do golpista.
Confira algumas dicas para prevenção desse tipo de golpe:
Primeiramente, entre em contato com a loja que efetuou a compra e com o seu banco para solicitar a verificação ou o bloqueio do cartão de crédito.
Caso seu problema não seja solucionado, acione os órgãos especializados na proteção e defesa do consumidor como o PROCON e o IDEC. Enfim, em último caso, procure uma das delegacias especializadas em cibercrimes para registrar um Boletim de Ocorrência e dar início ao processo de investigação.
Imagem em destaque: Freepik (wirestock)
Conheça as dificuldades enfrentadas pelas vítimas.
Confira a matéria completa no e-investidor.
Tema foi abordado em matéria da InfoMoney, com participação especial do advogado Léo Rosenbaum.
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