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Fevereiro Laranja: mês de conscientização e combate à leucemia

Saiba qual é a importância da campanha Fevereiro Laranja na conscientização da população sobre a leucemia e entenda como ela atua no combate dessa doença no Brasil.

07 de fevereiro de 2023 - Atualizado 07/02/2023

O segundo mês do ano é marcado pela realização da campanha Fevereiro Laranja, que tem como intuito conscientizar a população quanto à leucemia.

Conforme aponta o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2020 e 2022, foram registrados, no Brasil, 5920 casos em homens e 4890 casos em mulheres.

Esses dados apontam que este é o 10º câncer mais incidente nos homens e o 11º mais incidente nas mulheres, em território nacional.

Confira a seguir como é feito o diagnóstico da leucemia e saiba quais são as formas de tratamento da doença.

O que é a campanha Fevereiro Laranja?

A campanha Fevereiro Laranja acontece durante todo o mês de fevereiro, com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção, o diagnóstico e o combate à leucemia.

Qual a lei que trata da campanha Fevereiro Laranja?

No estado de São Paulo, a campanha Fevereiro Laranja é instituída pela lei Lei nº 17.207, de 12 de novembro de 2019, que em seu art. 1º dispõe:

  • Art. 1º – Fica instituída a Campanha “Fevereiro Laranja”, a ser realizada, anualmente, durante o mês de fevereiro, dedicada à elaboração de ações educativas de conscientização para o diagnóstico precoce e tratamento da leucemia, ressaltando a importância da doação de medula óssea.

Ademais, a lei ainda prevê que as atividades provenientes da campanha poderão contar com a cooperação da iniciativa privada, de entidades civis ou de organizações profissionais ou científicas que, a critério do Poder Executivo, possam prestar esclarecimentos e informações sobre a doença e suas formas de detecção e tratamento.

Por fim, vale destacar a Lei nº 16.790, de 05 de julho de 2018 presente na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que estabelece o Sistema Paulista de Cadastro e Doação de Medula Óssea, com o intuito de fazer a gestão, coleta, cadastro, estocagem, transplante e proteção ao doador e receptor.

O que é a leucemia?

Em suma, a leucemia é um tipo de câncer que afeta a medula óssea e atinge as células do sangue.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. 

A principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Vale lembrar que a medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.

Quais são os principais tipos de leucemia?

Existem 12 tipos de leucemia. No entanto, há quatro tipos mais comuns da doença. São eles: 

  • leucemia mieloide aguda (LMA) – afeta as células mieloides e avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o avanço da idade;
  • leucemia mieloide crônica (LMC) – afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente. Acomete principalmente adultos;
  • leucemia linfoide aguda (LLA) – afeta células linfoides e agrava-se de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos; 
  • leucemia linfoide crônica (LLC) – afeta células linfoides e se desenvolve de forma lenta. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças. 

Quais são os fatores de risco da leucemia?

Segundo esclarece o INCA, as causas da leucemia ainda não estão definidas, mas suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença. Entre eles:

  • tabagismo, reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco;
  • exposição ao benzeno, encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química;
  • radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos como a radioterapia, lembrando que o grau de risco depende da idade, da dose de radiação e do tempo de exposição;
  • algumas classes de medicamentos usados na quimioterapia para tratamento de câncer e doenças auto-imunes;
  • exposição ao formaldeído, que pode ser ocupacional já que a substância é utilizada em indústrias química, têxtil e na área biomédica/saúde, como hospitais e laboratórios, além do uso não autorizado pela Anvisa em alguns salões de beleza para alisamento capilar;
  • no processo de produção de borracha;
  • portadores de Síndrome de Down e outras doenças hereditárias;
  • portadores da Síndrome Mielodisplásica e outras desordens sanguíneas;
  • pessoas que possuem histórico familiar da doença;
  • avanço da idade, já que, com exceção da leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças, todas as outras formas são mais comuns em pessoas com idade mais avançada;
  • exposição a agrotóxicos, solventes e diesel;
  • infecção por vírus de hepatite B e C.

Quais são os sintomas da leucemia?

Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais.

Em geral, tais sinais e sintomas se apresentam das seguintes formas: 

  • cansaço;
  • queda de imunidade;
  • infecções persistentes ou recorrentes;
  • hematomas;
  • sangramentos espontâneos;
  • anemia;
  • palidez;
  • febre; 
  • fadiga;
  • aumento de gânglios;
  • aumento do baço e do fígado.

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Como é feito o diagnóstico da leucemia?

A principal forma de confirmação da suspeita de leucemia é feita por meio de exame de sangue, possibilitando a avaliação das células sanguíneas do paciente.

Em caso de alteração nos resultados do hemograma, outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames de bioquímica e de coagulação.

Já a confirmação diagnóstica é feita com o mielograma, um exame da medula óssea no qual retira-se uma pequena quantidade de sangue, proveniente do material esponjoso de dentro do osso, para as seguintes análises:

  • citológica – avaliação da forma das células;
  • citogenética – avaliação dos cromossomos das células;
  • molecular – avaliação de mutações genéticas;
  • imunofenotípica – avaliação do fenótipo das células.

Enfim, o INCA alerta que algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da medula óssea. Nesse caso, um pequeno pedaço do osso da bacia é enviado para análise por um patologista. 

Como é feito o tratamento da leucemia?

Após o diagnóstico precoce, o tratamento é escolhido a partir da detecção do tipo de leucemia. 

Contudo, o objetivo é sempre destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais.

Esse processo pode envolver quimioterapias, medicamentos orais e, em algumas situações, o transplante de medula óssea. 

No entanto, vale lembrar que o médico especialista é o responsável por determinar qual será o tratamento mais adequado para cada paciente.

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