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E-commerce vence caso de chargeback indevido contra Vindi

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Disputa de chargeback Vindi
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Redação

junho 6, 2025

Em uma vitória significativa na disputa de chargeback, um e-commerce conseguiu recuperar R$2.770,09 após a Justiça determinar que os chargebacks realizados pelo intermediário de pagamentos Vindi eram indevidos.

A decisão judicial, proferida pelo Juiz Dr. Gilberto Ferreira da Rocha da 2ª Vara Cível de Marília, destaca a importância de documentação adequada e pode servir como precedente para outros casos semelhantes no Brasil.

O que é um chargeback?

Antes de mergulhar nos detalhes do caso, é essencial entender o que é um chargeback.

Um chargeback ocorre quando o titular do cartão de crédito contesta uma transação, solicitando o reembolso do valor pago. Isso pode acontecer por vários motivos, como suspeita de fraude, não reconhecimento da compra ou insatisfação com o produto ou serviço.

No entanto, em alguns casos, chargebacks são solicitados indevidamente, causando prejuízos significativos aos comerciantes. No contexto do e-commerce, esses casos são particularmente desafiadores, pois os lojistas muitas vezes já entregaram o produto antes de serem notificados da contestação.

Disputa de chargeback contra a Vindi

Neste caso, o e-commerce contratou os serviços de Vindi, um intermediário de pagamentos, para processar transações via cartão de crédito.

Quatro vendas, totalizando R$2.770,09, foram aprovadas, e os produtos foram devidamente entregues aos clientes. No entanto, Vindi realizou chargebacks nessas transações, alegando irregularidades.

O e-commerce apresentou documentação robusta, incluindo notas fiscais e comprovantes de entrega, para provar a legitimidade das vendas, mas Vindi rejeitou as defesas, mantendo os chargebacks indevidos.

Disputa de chargeback Vindi direitos

Diante do prejuízo financeiro, o e-commerce decidiu mover uma ação judicial contra Vindi, buscando indenização pelos danos materiais causados pelos chargebacks. A ação foi fundamentada na alegação de que a conduta de Vindi foi abusiva, desrespeitando os direitos do consumidor e as normas contratuais.

Em 26 de maio de 2025, o Juiz Dr. Gilberto Ferreira da Rocha, da 2ª Vara Cível de Marília, julgou o pedido procedente.

A decisão judicial determinou que Vindi pagasse ao e-commerce a quantia de R$2.770,09, correspondente aos valores dos chargebacks, acrescida de correção monetária e juros de 1% ao mês a partir das datas das deduções. Além disso, Vindi foi condenada a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, fixados em R$1.500,00.

Na fundamentação, o juiz destacou que o e-commerce apresentou documentação robusta, incluindo notas fiscais, comprovantes de entrega via Correios e outros transportadores, que comprovavam a regularidade das transações. Por outro lado, Vindi não conseguiu provar que os titulares dos cartões contestaram as compras, baseando-se apenas em alegações genéricas.

O juiz concluiu que a conduta de Vindi constituiu um ato ilícito, conforme o artigo 186 do Código Civil, ao realizar chargebacks sem justa causa e desconsiderar a documentação apresentada.

Por que essa decisão importa?

Esta decisão judicial é um marco para o setor de e-commerce no Brasil. Ela reforça a importância de os comerciantes manterem registros detalhados de suas transações e entregas, pois esses documentos são cruciais na defesa contra chargebacks indevidos. A vitória do e-commerce demonstra que é possível contestar práticas abusivas de intermediários de pagamentos e recuperar valores indevidamente retidos.

A decisão também serve como um alerta para empresas como a Vindi. Intermediários de pagamentos devem agir com responsabilidade, verificando cuidadosamente as alegações de contestação antes de processar chargebacks.

A ausência de provas concretas, como no caso em questão, pode levar à responsabilização judicial, incluindo o pagamento de indenizações e custas processuais.

Casos como este destacam a importância de contar com assessoria jurídica especializada em direito do consumidor e direito contratual.

Disputa de chargeback Vindi advogado

Um advogado experiente pode orientar os comerciantes sobre como reunir documentação adequada, contestar chargebacks indevidos e, se necessário, buscar reparação judicial. Essa orientação é essencial para proteger os direitos dos comerciantes e garantir que práticas abusivas sejam devidamente questionadas.

Como prevenir chargebacks indevidos?

Para evitar situações semelhantes, os comerciantes podem adotar algumas medidas preventivas:

  1. Manter documentação completa: registre todas as transações, incluindo notas fiscais, comprovantes de entrega e comunicações com os clientes. Esses documentos são fundamentais para contestar chargebacks.
  2. Monitorar chargebacks: acompanhe os relatórios de chargebacks e conteste aqueles que parecem indevidos, fornecendo a documentação necessária no prazo estipulado.
  3. Escolher parceiros confiáveis: ao contratar intermediários de pagamentos, verifique sua reputação e políticas em relação a chargebacks. Empresas com processos transparentes podem reduzir o risco de disputas.
  4. Buscar assessoria jurídica: em caso de dúvidas ou disputas, consulte um advogado especializado em direito do consumidor e direito contratual para garantir que seus direitos sejam protegidos.

Além disso, é importante lembrar que a legislação brasileira, incluindo o Código de Defesa do Consumidor, protege tanto os consumidores quanto os comerciantes. Decisões judiciais como esta ajudam a equilibrar essa relação, garantindo que práticas abusivas sejam corrigidas.

Informações do caso

InformaçãoDetalhes
Data da decisão26 de maio de 2025
JuizDr. Gilberto Ferreira da Rocha
Número do processo1020180-21.2024.8.26.0344
Possibilidade de recursoCabe recurso à instância superior
Valor da indenizaçãoR$2.770,09, com correção e juros
Honorários advocatíciosR$1.500,00

Esta decisão judicial não apenas restituiu o prejuízo financeiro ao e-commerce, mas também estabeleceu um precedente importante para a proteção dos direitos dos comerciantes no contexto de disputas de chargeback.

A vitória reforça a necessidade de documentação robusta e a relevância de buscar apoio jurídico especializado para enfrentar práticas abusivas de intermediários de pagamentos. Para lojistas que enfrentam desafios semelhantes, este caso serve como inspiração para defender seus direitos e buscar justiça.

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