Home Artigos e notícias Conheça as principais oportunidades e riscos de se investir no mercado imobiliário em 2023

Conheça as principais oportunidades e riscos de se investir no mercado imobiliário em 2023

Especialistas explicam como o investidor imobiliário deve se preparar neste ano.

30 de janeiro de 2023 - Atualizado 30/01/2023

A taxa Selic está a 13,75% e, com isso, alguns investimentos se tornam mais vantajosos como, por exemplo, a renda fixa. No entanto, a história pode ser diferente para quem quer investir no mercado imobiliário em 2023.

O advogado e sócio-diretor da Rosenbaum Advogados, Léo Rosenbaum, que é especialista em Direito Imobiliário, foi convidado pela Folha de São Paulo para explicar alguns pontos que devem ser levados em consideração pelo investidor.

De acordo com Rosenbaum, as prestações do imóvel e alguns financiamentos se encarecem com o aumento da inflação. “Os bancos que cobravam uma taxa de financiamento por volta de 7%, agora cobram cerca de 10%, e isso tem encarecido muito o custo do imóvel”, explica.

O planejador financeiro Luciano Wajchenberg acrescenta que o acesso ao crédito está mais difícil atualmente devido à alta na inadimplência e à instabilidade política que acontece não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

E, além do investidor, aqueles que já têm imóveis também estão sentindo os efeitos das altas.

“Há uma capacidade de pagamento limitada, então não necessariamente a alta na taxa de juros faz com que você consiga aumentar o aluguel. Já deixar o dinheiro investido no banco dará uma rentabilidade muito boa”, diz Wajchenberg.

Diante disso tudo, os investimentos em renda fixa acabam se tornando mais atraentes que o investimento imobiliário.

“Apesar de o imóvel ser segurança de pedra, quando você tem o dinheiro na sua conta, pode resgatá-lo a qualquer momento”, comenta Léo Rosenbaum.

No entanto, ainda existem boas oportunidades no mercado imobiliário. Siga na leitura para saber como aproveitá-las!

Oportunidades para quem quer investir no mercado imobiliário em 2023

Leilão de imóveis

Quando os imóveis chegam aos leilões, os preços se tornam significativamente mais baixos e há mais oportunidade pois há pressa em vender o imóvel. Com isso, o comprador pode lucrar na revenda ou, até mesmo, alugar o imóvel.

“A grande oportunidade para pessoas que têm até R$ 500 mil ou R$ 1 milhão e querem gerar renda de aluguel é comprar imóveis de um a dois dormitórios, sempre no eixo de transporte, onde há linhas preferenciais de metrô ou ônibus chegando rápido”, explica Ricardo Humberto Rocha, professor de finanças do Insper.

Terrenos

O advogado e empresário Fabio Alem revela que sua preferência é investir em terrenos com preço abaixo do mercado. O profissional participa de grupos de investidores e também se junta com famílias e amigos para aproveitar as oportunidades.

“A gente compra terrenos normalmente em situações mais estressadas, em leilão ou de alguém que está precisando vender. Compra, desenvolve o projeto, constrói e vende para quem tem interesse em imóvel pronto, tanto comercial quanto residencial”, explica.

Fundos de investimento imobiliário

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) também é uma boa opção.

A advogada Fernanda Amaral, que atua no mercado imobiliário e de capitais, esclarece que o FII “é uma forma de aquisição indireta. Por meio da aquisição das cotas, o comprador usufrui dos rendimentos decorrentes do imóvel”.

Segundo Amaral, algumas das vantagens do FII são:

  • a possibilidade de isenção de imposto de renda sobre os rendimentos;
  • a gestão profissional dos imóveis; e
  • a possibilidade de vender as cotas do fundo de forma fracionada, apenas para atender às necessidades do investidor;
  • a possibilidade de redução do risco de vacância caso o FII tenha mais de um imóvel.

“É diferente do imóvel próprio que, se desocupado pelo inquilino, onerará o proprietário com os encargos como condomínio, despesas de utilização e impostos”, conclui.

Também pode te interessar:

Investimento imobiliário em 2023: o que esperar e como investir
Contratos imobiliários: conheça os 5 tipos principais
Assessoria em investimentos imobiliários

Consórcio

Wajchenberg explica que os consórcios são uma boa opção para quem não tem pressa para obter retorno.

“Os consórcios geralmente são recomendados para quem não tem pressa em adquirir o imóvel, pois você depende do sorteio de contemplação ou tem de pagar um lance de entrada elevado”, afirma.

Quais os riscos desses tipos de investimento imobiliário?

Leilão de imóveis

Wajchenberg aconselha buscar a assessoria de profissionais da área antes de comprar imóveis em leilão e ressalta que “as operações são complexas e exigem uma análise jurídica prévia e criteriosa”.

Ricardo Humberto Rocha também recomenda a orientação de advogados especialistas em leilões de imóveis por acreditar que os riscos jurídicos de leilões são maiores do que de outros tipos de investimento.

“Há vários casos em que a pessoa paga relativamente barato, mas depois aparecem mais indivíduos se dizendo donos. O devedor também pode entrar com ação para anular leilão, ou então haver necessidade de entrar com ação porque o devedor não quer sair do imóvel”, diz o professor.

Terrenos

De acordo com Alem, o principal risco está no desenvolvimento do projeto e, por isso, é necessário pesquisar com cuidado antes de contratar uma empresa para execução e também na hora de escolher investidores parceiros.

“O grande risco que você tem aqui é a obra não ser concluída, então o mais importante é estudar bem e saber com quem está negociando e com quem está investindo”, aconselha.

Fundos de investimento imobiliário

Mesmo com tantas vantagens, Luciano Wajchenberg destaca que é necessário olhar para o momento atual.

dicas-para-investir-no-mercado-imobiliario-em-2023
A assessoria jurídica pode ajudar o investidor a encontrar a melhor oportunidade para o seu caso. | Imagem: Freepik (rawpixel.com)

De acordo com o planejador, devido às altas taxas de juros, não é recomendável fazer investimentos de curto prazo em fundos imobiliários, mas sim investimentos pensados a longo prazo.

Isso porque, considerando o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) acumulado entre 2012 e 2020, há pouca diferença entre investir em um FII a curto prazo e comprar um imóvel para aluguel.

Consórcios

Antes de investir em consórcio, é aconselhável que o comprador faça uma comparação com o financiamento. Isso porque, enquanto o consórcio é mais demorado, o financiamento geralmente é liberado após a análise do crédito.

No entanto, Wajchenberg  ressalta que, embora seja mais rápido, o financiamento é mais trabalhoso.

“É a forma mais rápida, entretanto, mais burocrática e custosa, exigindo entrada mínima de 20% do valor do imóvel.”

Além disso, é importante analisar os prazos e taxas envolvidas, preferencialmente, com a ajuda de um especialista. Assim, é possível identificar as vantagens e desvantagens de cada modalidade dentro das necessidades do investidor.

O Escritório Rosenbaum Advogados tem vasta experiência no setor de Direito Imobiliário. O contato pode ser feito através do formulário no site, WhatsApp ou pelo telefone (11) 3181-5581.

Todo o envio dos documentos e os trâmites do processo são feitos de forma digital, sem necessidade da presença do cliente.

Imagem em destaque: Freepik (freepik)

Avatar
Relate seu caso online
Shares
Atendimento Rosenbaum Advogados

Atendimento Rosenbaum Advogados

Olá! Podemos ajudá-lo(a)? Teremos prazer em esclarecer suas dúvidas.