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O planejamento financeiro é um método de organização pessoal para reconhecer a situação em que suas finanças se encontram e, com isso, determinar os objetivos que você deseja atingir.
Logo, é uma ferramenta imprescindível para quem quer se organizar para alcançar as metas estabelecidas.
Compreenda para que serve um planejamento financeiro e confira seis dicas fundamentais para elaborá-lo.
O que é planejamento financeiro?
Um planejamento financeiro é um conjunto de estratégias delimitadas para fazer a organização das finanças.
Trata-se de uma ferramenta que, quando bem organizada, possibilita o controle dos ganhos e gastos, a fim de melhorar a saúde financeira do indivíduo, para que este possa planejar objetivos e montar planos de ação para alcançá-los.
Ou seja, o planejamento financeiro funciona, praticamente, como um mapa para traçar metas que dependem, essencialmente, de dinheiro para serem realizadas.
Enfim, a referida ferramenta constitui um processo contínuo, no qual são definidas metas e delimitadas estratégias para que estas sejam concretizadas. Nesse sentido, deve ser periodicamente revisado.
Para que serve um planejamento financeiro?
Um planejamento financeiro serve para organizar as finanças e, por conseguinte, traçar planos de ação que sejam capazes de atingir as metas delineadas.
Além disso, a referida ferramenta permite que um indivíduo ou mesmo uma empresa, pague as contas em dia, quite as dívidas, adquira ou multiplique o patrimônio, entre outras coisas.
Vale destacar, que organizar as finanças pessoais possibilita a realização de sonhos, sem comprometer o pagamento das despesas.
Por fim, o planejamento financeiro serve para que a pessoa saiba precisamente quando e quanto terá de dinheiro disponível para adquirir bens ou pagar por um serviço desejado.
Quais são os principais tipos de planejamento financeiro?
Existe mais de um tipo de planejamento financeiro. Confira abaixo quais são os principais:
- planejamento financeiro pessoal – trata-se de um planejamento para uma pessoa ou quando ela é a única fonte de renda de uma família;
- planejamento financeiro familiar – deve ser aplicado quando se tem mais de duas pessoas com fontes de renda e despesas. Por exemplo, um casal que trabalha e tem filhos. Nestes casos, tem que entrar no planejamento a receita do casal, as despesas, bem como os gastos das crianças;
- planejamento financeiro empresarial – é semelhante ao planejamento pessoal, porém é direcionado para as finanças das empresas, com o qual é possível ter um controle detalhado de como está o negócio, identificando lucro, prejuízos e possíveis problemas financeiros, além da possibilidade de se traçar metas e objetivos específicos.
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Como fazer um planejamento financeiro?
Um bom planejamento depende, antes de mais nada, de compreender como funcionam as suas finanças pessoais.
Além de ordenar as contas e traçar metas, é preciso definir um teto destinado a realizar investimentos, ainda que pequenos, e aprender a ter o hábito de poupar.
Vale ressaltar que os planos e objetivos que traçamos tem muito mais chance de serem realizados com a elaboração de um bom planejamento financeiro.
Veja a seguir seis dicas fundamentais para elaborar um bom planejamento financeiro.
1 – Conheça e acompanhe detalhadamente a sua movimentação financeira
Faça um levantamento aprofundado de todo o seu orçamento, incluindo as suas receitas e despesas mensais.
É importante conhecer exatamente o quanto se ganha por mês e, também, o quanto gasta e onde se gasta.
Para isso, é necessário analisar as fontes de receita, que podem ser classificadas das seguintes formas:
- receita fixa – pode ser definida como aquela em que o valor não varia a curto prazo. Além disso, constitui uma fonte de rendimento constante, ou seja, é um tipo de receita previsível. Dentre elas: o salário, o aluguel de imóveis, auxílios governamentais, entre outras;
- receita variável – é aquela cujo valor ou presença no orçamento não é constante. Ou seja, depende diretamente de fatores extras, como ajuda eventual de um parente ou realização de serviços. Vale ressaltar, que este é o tipo de renda mais comum entre pessoas que trabalham de forma autônoma ou em atividades nas quais a remuneração alterna de acordo com a quantidade de vendas no mês.
Em sequência, é importante fazer o levantamento detalhado de todas as despesas mensais, separadas por categorias (Moradia, Educação, Lazer etc). Este passo é crucial para determinar se você ganha mais do que gasta e, dessa forma, identificar riscos financeiros e potenciais de economia.
Isso posto, as despesas podem ser classificadas da seguinte maneira:
- despesas fixas – são aqueles gastos que independem do nosso nível de consumo. Ou seja, por mais que você utilize algum produto ou serviço, não será preciso pagar nada a mais do que o esperado. Dentre elas: conta de aluguel, taxa de condomínio, mensalidade da academia, internet, assinaturas, parcelas e prestações, plano de celular pré-pago, entre outras;
- despesas variáveis – são aquelas que sofrem variação no preço conforme você consome ou usufrui do bem ou serviço. São elas: conta de água e energia, plano de celular pós-pago, gastos com alimentação, transporte, lazer, entre outras.
2 – Defina seus objetivos e trace suas metas
Depois de entender as finanças, é hora de definir os objetivos financeiros para traçar as metas e os planos de ação para alcançá-los.
Destaca-se que um objetivo é uma descrição qualitativa daquilo que desejamos atingir. Já a meta descreve como iremos medir o progresso rumo ao atingimento do objetivo.
Logo, definir seus objetivos e mensurar sua produtividade pode contribuir para o alcance de suas metas.
Por fim, é fundamental detalhar quais serão as ações a serem executadas para atingi-los.
3 – Utilize planilhas e aplicativos de controle financeiro
As planilhas e os aplicativos de controle financeiro podem auxiliar na hora de fazer o planejamento financeiro.
Nessa via, com o auxílio dessas ferramentas fica mais fácil de acompanhar todos os gastos, analisar se está dentro da meta estipulada e, quando necessário, tomar as medidas adequadas para não sair do orçamento.
4 – Crie o hábito de poupar dinheiro
Cultivar hábitos de economia pode fazer a diferença para quem almeja concretizar objetivos e alcançar metas.
Utilize a regra dos 70-20-10 para economizar dinheiro.
Essa regra é bem simples de ser colocada em prática. Basta dividir suas despesas em 3 categorias e reservar uma parte da sua renda para cada uma delas da seguinte maneira:
- 70% da sua renda para gastos essenciais (como aluguel, luz, condomínio, água, supermercado);
- 20% para investir em aplicações financeiras mais rentáveis;
- 10% para gastar com o que gosta.
Dessa maneira, mesmo quem está com o orçamento apertado, não precisa descartar o lazer. Vale lembrar, que também é possível reduzir substancialmente a quantia destinada para essa área e substituir saídas caras por atividades gratuitas ou de baixo custo.
Nesse sentido, procure levar as crianças a locais lúdicos como bibliotecas, centros culturais e parques, ao invés de shopping ou outras diversões mais custosas.
Por fim, considere separar algumas horas da semana para preparar os alimentos que serão consumidos no ambiente profissional, tendo em vista que levar marmita para o trabalho é uma alternativa mais saudável para o seu corpo e para o seu bolso.
5 – Aprenda a investir seu dinheiro
Existem investimentos acessíveis para todos os tipos de perfis.
Contudo, se você conta com pouco dinheiro em seu orçamento e, ainda assim, não quer deixar as economias paradas na conta corrente, um bom caminho é apostar nos investimentos de renda fixa, já que os riscos são muito baixos.
São exemplos de renda fixa:
- títulos do Tesouro Direto – o Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% on-line;
- Certificado de Depósito Bancário (CDB) – um título de renda fixa emitido por bancos para captar dinheiro e financiar suas atividades;
- Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) – são títulos emitidos pelos bancos como forma de captação ou aplicação de recursos excedentes.
Enfim, com apenas R$ 30 reais já dá para investir em títulos do Tesouro, por exemplo.
6 – Compare preços antes de efetuar compras
Comparar preços antes de realizar uma compra evita o desperdício de dinheiro e as aquisições por impulso.
Atualmente, com o advento da internet, fazer essas comparações ficou muito fácil, uma vez que é possível fazer um orçamento sem sair de casa.
Por fim, é interessante também estabelecer limites para o valor de compras como as do supermercado, por exemplo. Dessa forma, é possível ter uma tomada de decisão mais assertiva quanto a aquisição de produtos ou serviços, baseando-se em valores que você realmente pode gastar.
Quais são as principais vantagens de fazer um planejamento financeiro?
A elaboração de um bom planejamento financeiro pode propiciar diversos benefícios. Entre eles:
- ter uma saúde financeira mais equilibrada;
- possibilidade de conquistar seus sonhos e objetivos;
- jamais ter dúvidas quanto a destinação do dinheiro foi no fim do mês;
- auxilia cortar os gastos desnecessários;
- evitar a cobrança de juros e dívidas;
- conseguir poupar dinheiro;
- possibilidade de realizar investimentos;
- estar preparado para imprevistos.
Por fim, procure aprender mais sobre educação financeira, uma vez que esta oferece conceitos que vão mudar a sua relação com o dinheiro, tornando ela muito mais saudável.
Imagem em destaque: Freepik (ijeab)